Resumo de Livro

Resumo de Paraísos Artificiais – Uma visita

Narrador: narrador protagonista, não nomeado
Personagens: Locutor que está em casa indo dormir, e escuta alguém chamar pedindo que jogue a chave.
Tempo: Cronológico, mas indefinido.
Espaço: Urbano: apartamento, rua
Técnicas usadas: Protagonista levanta sucessivas hipóteses a partir de um dado do real.
Enredo: O texto, narrado em primeira pessoa, apresenta um locutor que se prepara para dormir – já havia, inclusive, apagado a luz, e começara a desfrutar momentaneamente a satisfação do mundo do sonho –, mas que é retirado do conforto da cama por alguém que está a chamá-lo, pedindo que jogue a chave, para que possa subir ao apartamento.

Novamente temos um narrador-protagonista não nomeado e um título genérico, tal qual no primeiro conto.

O narrador, tirado da cama por uma pessoa que chama pelo seu nome e pede que ele jogue a chave. Do terceiro andar, o locutor tenta reconhecer aquela visita inesperada [a rarefação do referente é tamanha que seque o sexo do possível interlocutor é indicado] que aparenta tamanha familiaridade. Por timidez, não lhe pergunta pelo nome.
O narrador, então, imagina-se na constrangedora situação daquela pessoa que se encontrava lá embaixo: foi visitar o amigo tarde da noite e já se imagina subindo as escadas e fruindo da agradável companhia por duas horas, entretanto, ele – o amigo – permanece lá em cima, constrangido, perplexo. A visita, então, após chamar pela terceira vez, sente um peso no estômago, um incômodo. Imagina que algo terrível está acontecendo, pois ele – o provável anfitrião – está parado perto da janela e parece não estar disposto a abrir a jogar a chave, nem hoje nem nunca mais. Então, num segundo espelhamento, o visitante se imagina no lugar do amigo – de lá de cima, aguarda um gesto ou palavra que explique tudo.
O locutor afirma que seu amigo não espera mais nenhuma reação dele e, nesse instante, balança a cabeça, numa negativa que parece expressar toda sua incredulidade. Ao perceber que a imobilidade do anfitrião é voluntária, a visita decide ir-se. O fechamento da narrativa comprova, mais uma vez, que o real é apenas um desdobramento da vontade do indivíduo: E é justamente o ato de dobrar a perna direita que quebra a espécie de encantamento que nos envolvia aos dois; minha hesitação momentânea converte-se numa decisão irrevogável; é tarde demais, ele já desce a ladeira escura sem olhar para trás, com o passo firme e ligeiramente apressado dos que não pretendem voltar jamais.

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Créditos: Prof. Manoel Neves

Estudo dos demais contos presentes na obra Paraísos Artificiais, de Paulo Henriques Britto.

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