INEP alerta sobre uso de repertório de bolso na redação do Enem 2025
O ENEM 2025 terá atenção redobrada sobre o uso do chamado “repertório de bolso” nas redações, segundo comunicado recente do INEP. A recomendação do instituto é clara: evitar o uso de citações prontas e desconectadas do tema proposto, que podem comprometer seriamente a nota na Competência II.
O alerta representa uma mudança no nível de exigência da banca, que deseja valorizar argumentos autorais, bem articulados e baseados em repertórios legitimamente relacionados ao tema. Essa mudança exige dos candidatos mais preparo e reflexão crítica ao construir a redação.
Segundo o INEP, muitos estudantes utilizam frases decoradas de autores como Zygmunt Bauman ou Thomas More apenas para aparentar erudição. No entanto, quando essas referências não são contextualizadas ou aprofundadas, são classificadas como improdutivas e prejudicam a nota.
O uso mecânico de conceitos filosóficos, literários ou sociológicos, sem relação direta com o tema, caracteriza o repertório de bolso. Essa prática pode ser interpretada como tentativa de mascarar a ausência de argumentação consistente, o que é penalizado pela banca avaliadora.
A Competência II avalia se o candidato consegue mobilizar repertório sociocultural relevante, contextualizado e funcional dentro da argumentação. Não basta citar uma obra famosa: é preciso que o conteúdo ajude a sustentar a tese e os argumentos centrais do texto.
Na edição de 2024, por exemplo, o tema da redação foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Muitos participantes usaram a obra Utopia, de Thomas More, sem ligação clara com o assunto, o que prejudicou o desempenho nessa competência.
Evite citações genéricas: estratégias para usar repertório produtivo
Outro exemplo citado pelo INEP foi o uso do conceito de “instituições zumbis”, de Zygmunt Bauman, aplicado genericamente à crítica do sistema educacional. Apesar de parecer sofisticado, o uso não foi aprofundado, nem conectado ao tema da valorização da cultura africana.
Para evitar esse erro, o estudante deve selecionar autores e obras diretamente relacionados ao tema proposto. Uma alternativa mais produtiva seria citar Maria Beatriz Nascimento, historiadora e ativista que discute identidade negra e apagamento cultural, estabelecendo uma ligação concreta com a proposta da redação.
O uso de Maria Beatriz Nascimento é um exemplo de repertório produtivo. Ao mencionar sua atuação no Movimento Negro e sua contribuição para o debate sobre quilombos, o candidato demonstra compreensão crítica e estabelece vínculo direto com o tema proposto.
O INEP recomenda que os estudantes expliquem por que estão citando determinado autor e como aquela ideia contribui para fortalecer seus argumentos. A simples menção a uma obra ou conceito, sem contextualização, não é suficiente para alcançar boa pontuação.
Além disso, é fundamental treinar com temas diversos, praticando a seleção e aplicação de repertórios pertinentes. O candidato deve buscar referências específicas, menos óbvias, mas com forte relação temática, como obras de autores brasileiros, estudos acadêmicos e dados históricos relevantes.
Uma ferramenta essencial nesse processo é a Cartilha do Participante, atualizada anualmente pelo INEP, que mostra exemplos reais e critérios usados pela banca para avaliar cada competência da redação.
O uso consciente e contextualizado de repertórios é um diferencial competitivo. Em tempos de maior rigor na correção, fugir do repertório de bolso pode ser o que separa uma nota mediana de uma redação nota 1000.
- Alerta do INEP: uso de repertório de bolso será penalizado no ENEM 2025
- Evite citações genéricas: dê preferência a autores menos recorrentes e diretamente ligados ao tema
- Estude autores relevantes: como Maria Beatriz Nascimento, que oferece repertório produtivo para temas sociais
- Consulte a Cartilha do Participante: Confira dicas e garanta uma nota 1000
- Pratique com temas diversos: e treine a contextualização de referências
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