Quantos corretores corrigem a redação do Enem e como funciona a avaliação?
A redação do ENEM é uma das etapas mais determinantes para o desempenho geral dos candidatos no exame. Com peso significativo na nota final, ela desperta dúvidas sobre critérios e correção. Muitos estudantes querem saber quantos corretores leem a redação do Enem e como funciona esse processo criterioso de avaliação.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação da prova, há um rigor técnico para garantir justiça e transparência. Inicialmente, dois avaliadores independentes analisam cada texto. Ambos atribuem notas separadas, sem ter acesso à avaliação um do outro.
A nota final da redação, em condições normais, é calculada pela média aritmética entre as duas notas atribuídas. Cada corretor avalia o texto com base em cinco competências, que somam até 200 pontos cada. Assim, a pontuação máxima possível na redação é de 1000 pontos.
Quando há grande diferença entre as notas dos dois primeiros corretores — mais de 100 pontos na média geral ou mais de 80 pontos em qualquer competência — o sistema aciona automaticamente um terceiro avaliador. Esse procedimento é aplicado para evitar injustiças.
O terceiro avaliador também não tem acesso às notas anteriores. Sua função é oferecer uma nova análise. Caso sua nota esteja mais próxima de uma das avaliações anteriores, é feita a média entre essas duas mais semelhantes. Se houver divergência ainda maior, o texto segue para uma banca especial.
Nessa etapa, uma banca composta por três especialistas realiza uma análise conjunta. Esse grupo é formado por um supervisor e dois corretores auxiliares. Juntos, eles definem a nota final da redação, que substitui as anteriores. O processo garante maior confiabilidade ao resultado.
Entenda como funciona a correção da redação do Enem?
A correção é feita com base em cinco competências: domínio da norma padrão, compreensão da proposta, organização de argumentos, encadeamento lógico e proposta de intervenção. Cada critério vale até 200 pontos e é avaliado individualmente por cada corretor.
Essas competências foram desenvolvidas para padronizar a avaliação e garantir objetividade. Ao aplicar os mesmos critérios em todas as redações, o Inep assegura que as notas sejam atribuídas de forma justa, sem interferência de aspectos subjetivos.
Os profissionais que corrigem as redações do ENEM passam por um processo seletivo e capacitação. É necessário possuir formação superior em áreas como Letras ou Linguística. Além disso, são aplicadas provas e treinamentos para garantir a aplicação correta dos critérios avaliativos.
A escolha cuidadosa desses profissionais e a estruturação em múltiplas etapas refletem a importância da redação para o ingresso em programas como o SISU, o FIES e o PROUNI. A correção precisa ser confiável, pois a nota pode definir o acesso a universidades públicas e bolsas de estudo.
Embora o padrão geral seja a correção por dois avaliadores, o número pode chegar a seis corretores em situações de divergência extrema. O processo, portanto, é estruturado para garantir que a avaliação do desempenho escrito seja justa e reflita com precisão as habilidades dos candidatos.
Com esse sistema, o Inep visa assegurar equidade e meritocracia no acesso ao ensino superior, fortalecendo a credibilidade do exame e ampliando as chances de sucesso para estudantes de todo o país.
- Corretores iniciais: 2 avaliadores independentes
- Critério de discrepância: diferença superior a 100 pontos ou 80 pontos por competência
- Correção adicional: 3º avaliador entra se houver divergência
- Banca especial: composta por 3 corretores em casos extremos
- Competências avaliadas: 5 critérios valendo até 200 pontos cada
- Nota máxima: 1000 pontos
- Corretores: profissionais com formação superior e capacitação específica
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