Redação do Enem 2025: Novas regras destacam autoria e uso de repertório original

A nova Cartilha do Participante do ENEM trouxe mudanças significativas para a redação, com foco na autoria e no uso original de repertórios. As alterações alertam para os riscos de empregar trechos decorados, que podem levar à anulação do texto por falta de autenticidade.

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O documento do Inep orienta que o candidato deve construir um texto próprio, demonstrando domínio do tema e articulando argumentos com repertórios legítimos e pertinentes. Citações genéricas, que antes eram utilizadas como “curingas”, agora podem prejudicar a nota se não estiverem diretamente relacionadas ao tema.

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Essas mudanças refletem a valorização de um discurso autoral e analítico, o que exige preparo contínuo e prática com diferentes temas. A redação precisa apresentar clareza, coesão e proposta de intervenção consistente, conforme exigido pela estrutura dissertativo-argumentativa.

O texto deve ter introdução, dois parágrafos de desenvolvimento e uma conclusão que apresente proposta de intervenção respeitando os direitos humanos. O uso inteligente e contextualizado dos repertórios socioculturais é um dos principais diferenciais entre uma redação mediana e uma nota mil.

O Inep alerta que utilizar trechos copiados ou modelos prontos pode configurar infração à competência 3, que avalia a argumentação. Por isso, é essencial fugir de padrões prontos e desenvolver ideias com originalidade e coerência.

Além da estrutura textual, os corretores avaliam cinco competências, incluindo domínio da norma culta, compreensão do tema e proposta de intervenção. Cada uma pode render até 200 pontos, totalizando os 1.000 pontos da redação do ENEM.

Como usar repertório sociocultural de forma estratégica?

Para atender às novas exigências, o estudante deve dominar o uso de repertórios que realmente dialoguem com o tema. Referências literárias, filosóficas, históricas ou culturais só são válidas quando ajudam a construir o raciocínio do texto.

Por exemplo, mencionar “1984” de George Orwell em uma redação sobre vigilância digital é pertinente. Já usar a mesma referência em temas sobre saúde pública ou meio ambiente pode soar forçado e comprometer a coerência argumentativa.

Repertórios válidos incluem dados oficiais, obras literárias, filmes, acontecimentos históricos e conceitos filosóficos. O importante é que cada citação tenha função argumentativa clara, e não apenas decorativa ou genérica.

O uso indevido desses elementos pode ser interpretado como tentativa de burlar a proposta textual. Por isso, o Inep deixou claro que os corretores estão treinados para identificar falhas de autoria e uso inadequado de referências.

Com essas atualizações, o foco está em avaliar a capacidade do estudante de pensar criticamente e construir argumentos originais. A redação deixou de ser um espaço para fórmulas prontas e se tornou um exercício de autoria e reflexão.

O estudante que deseja se destacar deve praticar com temas variados, revisar suas produções e buscar repertórios que possam ser adaptados com inteligência. Essa é a melhor forma de garantir uma redação bem avaliada e evitar os erros que mais prejudicam os candidatos.

Dicas práticas Redação Enem:

• Pratique com temas anteriores: produza ao menos uma redação por semana.
• Revise seus textos: identifique trechos genéricos e substitua por argumentos originais.
• Estude repertórios aplicáveis: leia livros, acompanhe notícias e anote referências por tema.
• Evite modelos prontos: use-os apenas como guia de estrutura, não de conteúdo.
• Acesse simulados online: plataformas on line oferecem correções comentadas.