MEC oferece 1.500 bolsas de R$ 700 para estudantes de Medicina em 2026

O Ministério da Educação (MEC) anunciou a criação de uma nova etapa do Programa Bolsa Permanência, voltada exclusivamente para estudantes de Medicina vinculados ao programa MAIS MÉDICOS. A iniciativa prevê a concessão de 1.500 bolsas mensais no valor de R$ 700, com início dos pagamentos previsto para 2026. O objetivo é garantir condições de permanência no curso a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

O investimento para esta ação será realizado por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que destinará R$ 12,6 milhões por ano. Além das novas bolsas, o MEC também confirmou a manutenção de mais de 17,5 mil bolsas do Bolsa Permanência para estudantes indígenas e quilombolas em 2025.

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O benefício tem como foco estudantes de baixa renda que estejam cursando Medicina em instituições federais ou privadas participantes do programa. A meta é combater a evasão universitária provocada por dificuldades financeiras e promover a democratização do ensino superior, principalmente em carreiras tradicionalmente menos acessíveis.

Para participar, os candidatos deverão atender a requisitos específicos, como renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo, estar inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e não possuir outro diploma de ensino superior. A exigência de matrícula ativa em curso de Medicina também será obrigatória.

Segundo o MEC, a ação está alinhada à proposta de ampliar a diversidade no ensino superior e garantir que mais médicos formados tenham compromisso com a promoção do direito à saúde em regiões de maior vulnerabilidade.

O secretário de Educação Superior, Marcus David, afirmou que a medida representa um avanço significativo na política de inclusão social do governo. Ele destacou que a educação médica precisa refletir a pluralidade do país e formar profissionais com consciência social.

Critérios e adesão das instituições

O processo de adesão das universidades ao programa está previsto para outubro de 2025. Cada instituição participante será responsável por publicar seus próprios editais internos, com prazos e regras de seleção específicas. A expectativa é que o edital nacional com o cronograma oficial seja divulgado ainda neste ano.

As instituições federais e privadas que aderirem ao programa deverão garantir total transparência na seleção dos bolsistas. A gestão local permitirá maior agilidade no processo e atenção às especificidades regionais de cada curso.

Além das bolsas voltadas ao MAIS MÉDICOS, o MEC reforçou seu compromisso com a continuidade de ações estruturantes de apoio à permanência estudantil, como a manutenção de bolsas para estudantes indígenas e quilombolas.

A previsão de impacto social da medida é significativa. Estudantes que antes corriam o risco de abandonar a graduação por falta de recursos financeiros agora terão condições de concluir sua formação. Isso deve resultar em mais médicos disponíveis para atuar em regiões com escassez de profissionais.

O início dos pagamentos das novas bolsas está programado para 2026. No entanto, a estruturação do programa já começa com a adesão das instituições e organização dos critérios de seleção. O foco é garantir que a política esteja consolidada até o início da próxima etapa do SISU.

Ao apoiar financeiramente estudantes de Medicina em situação de vulnerabilidade, o MEC amplia a inclusão no ensino superior e fortalece as políticas públicas de saúde. A medida deve ajudar a reduzir a evasão e estimular a permanência de jovens comprometidos com a transformação social por meio da educação.

• Início dos pagamentos das bolsas: 2026
• Valor mensal da bolsa: R$ 700
• Número de bolsas: 1.500
• Investimento anual: R$ 12,6 milhões
• Adesão das instituições de ensino: Outubro de 2025
• Manutenção de bolsas para indígenas e quilombolas: 17,5 mil bolsas em 2025