A partir de 1º de novembro, cerca de 160 mil estudantes com contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) poderão renegociar suas dívidas com condições facilitadas. A renegociação é válida para contratos firmados a partir de 2018 e que estejam em fase de amortização, com parcelas em atraso há mais de 90 dias até 31 de julho de 2025.
O processo será totalmente digital e está disponível por meio do aplicativo Fies Caixa e do site oficial da Caixa Econômica Federal. Os beneficiários têm até 31 de dezembro de 2026 para aderir ao programa, conforme divulgado pelo Ministério da Educação (MEC).
A medida pretende reduzir o número de inadimplentes no programa e permitir que os estudantes reorganizem suas finanças sem comprometer a retomada de novos projetos acadêmicos e profissionais. O total de dívidas passíveis de renegociação ultrapassa R$ 1,8 bilhão.
A renegociação permite o parcelamento do valor devedor em até 180 vezes, o que equivale a 15 anos. Além disso, haverá perdão integral de juros e multas, diminuindo significativamente o valor total da dívida a ser quitada.
O valor mínimo da parcela será de R$ 200, com possibilidade de redução caso o total da dívida seja inferior. Essa medida ajusta o pagamento à capacidade financeira do estudante, tornando o acordo mais viável para quem enfrenta dificuldades econômicas.
O termo de adesão será gerado automaticamente durante o processo digital, funcionando como um aditivo ao contrato original do FIES. Não será necessário comparecimento presencial às agências bancárias, o que agiliza e desburocratiza a formalização do acordo.
Importante destacar que apenas os valores relacionados ao financiamento estudantil estão incluídos na renegociação. Itens como coparticipação com instituições de ensino, seguros e tarifas bancárias não fazem parte do acordo, conforme definido pela Resolução nº 64/2025.
O processo de adesão é simples. O estudante deve acessar o app ou site da Caixa, fazer login, selecionar a opção “Renegociação de Dívida”, verificar as condições apresentadas, confirmar o parcelamento e gerar o termo aditivo. O sistema é seguro e integrado ao MEC.
A renegociação oferece benefícios financeiros diretos, como a redução do valor total da dívida e a possibilidade de parcelamento em longo prazo. A medida também ajuda os estudantes a restabelecerem sua credibilidade no sistema financeiro.
Além disso, o programa contribui para a sustentabilidade do próprio FIES, permitindo que mais estudantes possam ter acesso ao financiamento nos próximos anos. Ao incentivar o pagamento dos débitos, o MEC busca fortalecer o sistema de educação superior no Brasil.
O FIES é um dos principais programas de acesso ao ensino superior, criado pela Lei nº 10.260/2001. Desde 2018, passou a operar com juros zero para estudantes de baixa renda e com critérios mais rigorosos de concessão, baseados na renda familiar.
Para aderir ao FIES, o candidato deve ter participado do ENEM a partir de 2010, obtendo no mínimo 450 pontos de média e nota superior a zero na redação. A renda familiar mensal per capita deve ser de até três salários mínimos.
A medida de renegociação fortalece a confiança no programa e no ensino superior privado, ao mesmo tempo em que proporciona um caminho para o reequilíbrio financeiro dos ex-alunos. O prazo estendido até 2026 oferece mais segurança e planejamento para os beneficiários.
Cronograma da renegociação do FIES:
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