Geografia

Região Centro-Oeste: Pecuária extensiva

A Região Centro-Oeste do Brasil é famosa por sua vasta extensão territorial e rica biodiversidade. Compreendida por quatro estados—Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal—essa região desempenha um papel crucial na pecuária extensiva brasileira. A pecuária nessa área se destaca pela grande área dedicada à criação de gado, destacando-se principalmente a pecuária bovina.

De acordo com o IBGE, o Centro-Oeste concentra aproximadamente 43% do rebanho bovino brasileiro. Este dado revela a magnitude da atividade pecuária na região e justifica sua importância na economia nacional. A pecuária extensiva que predomina aqui é caracterizada pelo uso de pastagens amplas, onde o gado é criado em grandes áreas, com menor intensidade de manejo.

A história da pecuária no Centro-Oeste

A história da pecuária na Região Centro-Oeste remonta ao período colonial. Os primeiros rebanhos foram introduzidos por exploradores portugueses e logo se expandiram pelos vastos campos da região. Ao longo do século 20, o desenvolvimento da infraestrutura e a abertura de novas áreas para pastagens contribuíram para o crescimento dessa atividade.

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O modelo de produção do Centro-Oeste se baseia em um sistema de pecuária extensiva, onde o gado é criado em grandes áreas abertas. Esse sistema possui várias características:

  • Custo reduzido de produção;
  • Menor investimento em tecnologia e infraestrutura;
  • Sustentação baseada na natureza das pastagens.

Esse tipo de pecuária se consolidou principalmente a partir da década de 1970, impulsionado por políticas governamentais que buscavam ocupar e desenvolver a região. Com o tempo, o Centro-Oeste tornou-se um dos maiores polos de produção de carne no Brasil, atraindo investimentos e migração de trabalhadores rurais.

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Características da pecuária extensiva

A pecuária extensiva na Região Centro-Oeste é caracterizada por diversos fatores que influenciam sua operação e sustentabilidade. Vejamos alguns dos principais:

  • Uso de pastagens naturais: A região possui vastas áreas de pastagens naturais, fundamental para o pastejo do gado.
  • Baixa densidade de animais: O sistema extensivo permite a criação de menos animais por hectare, contribuindo para menor degradação do solo.
  • Variedades de raças: O gado predominante é o zebu, conhecido por sua resistência ao clima quente e ao manejo em pastagens.

A comparação com a pecuária intensiva é notável. Na intensiva, os animais são alimentados em confinamento, o que gera maior produtividade, mas demanda mais insumos e investimentos. Por outro lado, a pecuária extensiva preserva o meio ambiente, mas possui menor taxa de ocupação e produtividade. Produtos como carne, leite e couro são os principais resultados dessa atividade, com a carne bovina sendo o carro-chefe da agropecuária da região.

Impactos ambientais e desafios

A pecuária extensiva também levanta questões ambientais significativas. A expansão das áreas destinadas ao pastoreio tem sido associada ao desmatamento e à degradação do solo. Importantes desafios incluem:

  • Desmatamento: Para a abertura de novas áreas de pastagem, muitas florestas nativas têm sido derrubadas.
  • Degradação do solo: A pastagem mal manejada pode resultar em compactação do solo e perda de qualidade.
  • Uso de recursos hídricos: A criação em larga escala consome grandes quantidades de água, afetando os lençóis freáticos.

Pesquisadores e defensores do meio ambiente têm incentivado práticas sustentáveis, como a recuperação de pastagens degradadas. Métodos como a rotação de pastagens e o uso de cercas eletrificadas possibilitam um manejo mais eficiente, garantindo a produção e preservando o ecossistema.

A tecnologia na pecuária extensiva

Nos últimos anos, a tecnologia tem desempenhado um papel fundamental na modernização da pecuária extensiva na Região Centro-Oeste. A adoção de tecnologias inovadoras tem contribuído para aumentar a eficiência e produtividade da produção. Vejamos algumas das inovações:

  • Monitoramento remoto: O uso de drones e satélites permite a análise da saúde das pastagens e do rebanho, auxiliando na tomada de decisões.
  • Genética animal: Programas de melhoramento genético aumentaram a qualidade do rebanho, resultando em gado mais produtivo.
  • Sistemas integrados: A integração entre lavoura e pecuária potencializa a utilização dos recursos naturais.

A tecnologia não só melhora a produtividade, mas também reduz os impactos ambientais. Adotar práticas sustentáveis é imprescindível para garantir a viabilidade a longo prazo da pecuária na região. Além disso, essa modernização atende à crescente demanda por produtos de origem animal no mercado interno e externo.

Com esforços conjuntos entre produtores, órgãos governamentais e a sociedade civil, a pecuária extensiva na Região Centro-Oeste tem o potencial de se tornar um modelo de produção sustentável. Criar o equilíbrio entre a produção de alimentos e a preservação do meio ambiente é fundamental para o futuro da agropecuária brasileira.

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