A Guarda Nacional foi uma instituição militar criada no Brasil em agosto de 1831, durante o período regencial, com o objetivo de manter a ordem interna do país. Sua criação está diretamente relacionada às demandas sociais e políticas do período pós-independência, sendo um tema relevante para compreensão da história brasileira e preparação para Vestibular e Enem.
A formação da Guarda Nacional é um marco importante na história brasileira, refletindo o contexto de instabilidade e tensões políticas do período regencial. Após a abdicação de Dom Pedro I em 1831, o Brasil atravessava um período de intensas disputas políticas, levantes sociais e exigências por autonomia provincial. Neste cenário, a Guarda Nacional surgia com propósitos específicos:
A Guarda Nacional apresentava uma estrutura e composição que refletiam o caráter social e político da época. Suas características são fundamentais para entender seu papel e funcionamento.
O recrutamento para a Guarda Nacional era predominantemente entre os cidadãos “ativos” – termo da época que se referia aos homens livres, proprietários, que pagavam um determinado montante em impostos. Essa seleção evidencia a intenção de manter a força sob controle das elites econômicas, excluindo grande parte da população, como escravos, indígenas, e os não proprietários.
A Guarda Nacional era organizada em corpos de milícias locais, com estrutura hierárquica que incluía cargos como coronéis, majores e capitães, escolhidos por meio de eleições entre os membros da própria Guarda. Esse sistema de eleições internas conferia à Guarda uma dinâmica peculiar de autonomia em relação ao poder central, o que, em muitos casos, potencializou conflitos regionais e locais.
A atuação da Guarda Nacional ao longo de sua existência variou significantemente, refletindo os desafios e transformações do Brasil do século XIX. Inicialmente prevista como força de estabilização, a Guarda envolveu-se em diversos momentos-chave:
O declínio da Guarda Nacional iniciou-se nas décadas finais do século XIX, especialmente após a Proclamação da República em 1889. A reorganização das forças armadas e a criação de instituições militares mais centralizadas e profissionais contribuíram para sua desativação definitiva em 1922.
A existência e atuação da Guarda Nacional tiveram impactos de longo prazo na sociedade e política brasileira. Entre suas principais consequências, destacam-se:
Entender a Guarda Nacional é, portanto, crucial para compreender os desafios da construção do Estado brasileiro no século XIX, suas tensões internas e a formação social e política do país. Para candidatos ao Vestibular e Enem, dominar esse tema significa apreender não apenas um evento histórico isolado, mas um conjunto de processos que moldaram a nação brasileira.
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