História

Câmara dos Deputados e Senado

A história política do Brasil é marcada por diversas transformações nas estruturas de governança e representação. Dentre as instituições mais relevantes, destacam-se a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Ambas as casas legislativas desempenham papéis fundamentais na formação e na implementação de políticas públicas.

A Câmara dos Deputados foi criada com a Constituição de 1824, durante o Império, enquanto o Senado emerge como um órgão de representação aristocrática. Naquele período, o Brasil vivia momentos turbulentos e de constantes mudanças sociais, políticas e econômicas.

História da Câmara dos Deputados e do Senado

No início do Segundo Reinado (1840-1889), que se iniciou com a ascensão de Dom Pedro II ao trono, a política brasileira passou por profundas transformações. A Constituição de 1824 permaneceu em vigor até 1889. Essa constituição estabeleceu um sistema bicameral de governo, que se mantém até hoje.

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A Câmara dos Deputados é composta por representantes eleitos pelo povo. Cada deputado exerce mandato de quatro anos. O Senado, por sua vez, é composto por senadores eleitos para mandatos de oito anos. Cada estado brasileiro, independente de sua população, possui três senadores.

O papel da Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados é o coração da legislação brasileira. Ela possui a responsabilidade de elaborar e aprovar leis. Entre as funções principais, destacam-se:

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  • Iniciar a votação de leis ordinárias;
  • Elaborar o orçamento federal;
  • Fiscalizar o Poder Executivo;
  • Julgar as contas do governo;
  • Propor emendas à Constituição.

No Segundo Reinado, a Câmara começou a se envolver mais em questões sociais e políticas. Os deputados passaram a representar uma diversidade maior de grupos sociais, refletindo as mudanças na sociedade brasileira da época.

O papel do Senado Federal

O Senado Federal atua como uma casa revisora. Sua função principal é revisar as leis aprovadas pela Câmara dos Deputados. Entre as atribuições do Senado, destacam-se:

  • Aprovação de indicações para cargos públicos;
  • Julgar processos de impeachment;
  • Revisar emendas à Constituição;
  • Dar parecer sobre tratados e acordos internacionais.

Durante o Segundo Reinado, o Senado continuava a ser composto majoritariamente por membros da elite. Essa composição gerou críticas e tensões com a nova classe média em ascensão, representada pela Câmara dos Deputados.

Principais Personagens e Eventos do Segundo Reinado

Dentre os personagens que marcaram a história do legislativo brasileiro no Segundo Reinado, temos:

  • Dom Pedro II: O imperador que buscou promover reformas. Seu governo visava à modernização do Brasil, tornando-o um país mais democrático.
  • José Paranhos, o Visconde do Rio Branco: Ele se destacou como o grande responsável pelas reformas sociais e administrativas. Foi um dos primeiros a perceber a importância de uma legislação moderna.
  • Rui Barbosa: Um dos mais importantes juristas e políticos do Brasil, ele defendeu reformas que buscavam fortalecer a educação e a liberdade de imprensa.

Um evento marcante do período foi a Quebra da Bolsa de Valores de 1889, que evidenciou as fragilidades econômicas e políticas do império. A insatisfação popular e as tensões sociais culminaram na Revolução de 1889, que resultou na Proclamação da República.

Outro fato histórico relevante foi a abolição da escravatura, ocorrida em 1888. A Lei Áurea foi um marco na luta pelos direitos humanos e impactou diretamente as relações sociais e a estrutura política do Brasil. A pressão popular e das classes progressistas foram determinantes para essa conquista.

Após 1889, com a Proclamação da República, a estrutura legislativa se manteve. No entanto, novas dinâmicas emergiram. A constituição republicana, promulgada em 1891, manteve o sistema bicameral, mas introduziu modificações significativas nas eleições e na representação.

Desenvolvimentos no Século XX

Com a chegada do século XX, a Câmara dos Deputados e o Senado enfrentaram desafios novos. Nos anos 1930, Getúlio Vargas implementou um governo autoritário, suspendendo as atividades legislativas. As câmaras apenas foram reabertas em 1945, após a queda do Estado Novo.

Após a redemocratização, a Constituição de 1946 reestabeleceu o legislativo. As eleições foram realizadas e a política brasileira começou a incluir mais vozes. A importância da discussão legislativa e do papel do parlamentar se intensificou.

A partir da década de 1960, o Brasil testemunhou um novo regime militar. Os militares dissolveram o Congresso em 1964, centralizando o poder. Durante os anos de ditadura, o legislativo foi utilizado como um instrumento de controle e repressão política.

A redemocratização nos anos 1980 trouxe à tona debates sobre democracia e direitos civis. A nova Constituição de 1988 foi um marco histórico. Ela garantiu direitos e redefiniu as atribuições das casas legislativas, reafirmando a importância da Câmara dos Deputados e do Senado.

Conjuntura Recente e Desafios Atuais

Nos anos 2000, a política brasileira enfrentou crises importantes, como o Mensalão, que expôs escândalos de corrupção envolvendo parlamentares. Dessa forma, a desconfiança popular acentuou-se em relação aos representantes eleitos.

O cenário político atual exige um novo compromisso com a ética e a transparência. As casas legislativas buscam revitalizar a imagem e a confiança pública, trabalhando em propostas que realmente atendam às demandas dos cidadãos.

Além disso, os desafios em torno da discussão de políticas públicas contemporâneas, como saúde, educação e direitos humanos, são temas recorrentes nas reuniões da Câmara e do Senado. A necessidade de representantes comprometidos e capacitados é mais urgente do que nunca.

A trajetória da Câmara dos Deputados e do Senado é, portanto, um reflexo das transformações sociais, econômicas e políticas do Brasil. Com um papel fundamental na democracia, essas instituições precisam constantemente se adaptar aos novos desafios da sociedade.

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