História

República Liberal do Brasil (46-64)

A República Liberal do Brasil, que se estendeu de 1946 a 1964, é um período marcado por grandes transformações políticas, sociais e econômicas. O fim da ditadura do Estado Novo, em 1945, trouxe a promessa de uma nova era democrática.

Este período é fundamental para entender a evolução política do Brasil no século XX. A nova constituição de 1946 foi um marco, estabelecendo os pilares de uma democracia liberal. O país vivia um cenário de otimismo e expectativa por mudanças.

Contexto do Pós-Guerra

Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil passou por diversas mudanças que impactaram sua estrutura política e econômica. A industrialização ganhou impulso, e o país buscou se modernizar.

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  • Fim do Estado Novo: Com a deposição de Getúlio Vargas, o Brasil buscou restaurar a democracia.
  • Movimento Tenentista: Esse movimento militar traria novas demandas sociais e políticas durante a nova era republicana.

A nova constituição, aprovada em 1946, foi resultado de um marco soldado nas aspirações populares. Ela assegurou direitos políticos e civis, fortalecendo a participação popular.

Surgimento e Evolução dos Partidos Políticos

O período de 1946 a 1964 testemunhou a formação e reestruturação de diversos partidos políticos. O cenário democrático trouxe debates fervorosos entre as principais correntes ideológicas.

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  • Partido Social Democrático (PSD): Fundado em 1945, tinha um papel central no governo de Vargas.
  • União Democrática Nacional (UDN): Criada como oposição ao Vargas e ao PSD, defendia uma política econômica liberal.
  • Partido Comunista Brasileiro (PCB): Neste período, o PCB conquistou força, defendendo uma agenda socialista.

Os conflitos entre essas correntes foram intensos. O PSD defendia políticas sociais, enquanto a UDN clamava por um liberalismo econômico mais rigoroso.

Getúlio Vargas e a Crise de 1954

Getúlio Vargas, embora não estivesse mais na presidência após 1945, continuou a influenciar a política brasileira. Em 1950, foi reeleito. Seu novo governo enfrentou várias crises, principalmente de cunho político.

  • Crise do petróleo: Vargas buscou desenvolver a indústria de petróleo nacional, criando a Petrobras.
  • Pressão política: Em 1954, Vargas enfrentou forte oposição, especialmente da UDN, levando a protestos em massa.

A pressão culminou em um atentado à sua vida e, escalado por crises, conduziu ao seu suicídio em agosto de 1954. O evento foi um divisor de águas na política brasileira e gerou profunda comoção nacional.

O Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961)

Juscelino Kubitschek (JK) assumiu a presidência em 1956 e simbolizou um otimismo sem precedentes. Seu lema “cinquenta anos em cinco” refletia a ambição de desenvolvimento.

  • Plano de Metas: Visava acelerar a industrialização e a infraestrutura do país.
  • Construção de Brasília: Um projeto ousado que buscava interiorizar o desenvolvimento e simbolizar a modernidade.

Durante seu governo, o Brasil se tornou um dos exemplos mais admirados de crescimento econômico na América Latina. No entanto, também surgiram críticas quanto à desigualdade social exacerbada.

A Crise Política e o Golpe de 1964

O governo de João Goulart, que sucedeu JK, trouxe novos conflitos. Goulart, à frente de um governo marcado por propostas populistas, iniciou uma série de reformas que alarmaram setores conservadores.

  • Reformas de base: As reformas agrária e urbana propostas por Goulart geraram forte oposição de latifundiários e empresários.
  • Movimento de 1964: Em março, um golpe militar depôs Goulart, dando início a um regime autoritário que se estenderia por duas décadas.

A polarização política cresceu, e o apoio militar ao golpe refletiu uma sociedade dividida entre as forças progressistas e conservadoras. O temor da instabilidade conduziu a uma rápida mobilização militar.

Impactos Sociais e Econômicos

O período da República Liberal deixou marcas profundas na sociedade brasileira. A industrialização trouxe melhorias em setores econômicos, mas exacerbou as desigualdades.

  • Aumento das cidades: O crescimento urbano acelerado trouxe uma migração intensa do campo para as cidades.
  • Desigualdade social: A concentração de renda acentuou-se, dando origem a movimentos sociais que buscavam direitos básicos.

O legado da República Liberal é dual. Por um lado, promoveu avanços significativos em termos de desenvolvimento econômico. Por outro, criou tensões sociais que seriam exploradas nas décadas seguintes.

Compreender esse período é crucial para quem se prepara para os exames, especialmente considerando a sua relevância histórica e suas implicações. Os acontecimentos de 1946 a 1964 moldaram a política brasileira contemporânea e influenciaram os rumos futuros do país.

O grande desafio da República Liberal foi buscar um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e justiça social. Esta busca ainda ecoa nas discussões atuais sobre a política brasileira.

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