A classe dos substantivos tem esse nome porque dá significado e sentido a diferentes substâncias, sejam elas reais ou irreais. Tudo o que existe necessita de um nome, e o substantivo é responsável por nomear as entidades em geral.
Desta forma, os substantivos têm classificações de acordo com o que estão nomeando. As classificações dos substantivos são: concretos e abstratos; próprios e comuns; simples e compostos; primitivos e derivados; e coletivos. Faz-se necessário mencionar que um mesmo substantivo pode possuir mais de uma classificação. Por exemplo, o substantivo “Pedro” é concreto e próprio. Concreto pois designa um ser real, e próprio porque é a designação específica de uma pessoa em particular.
Os substantivos concretos designam os seres ou objetos reais e palpáveis, ou seja, que possuem existência própria e independem de outros para existirem. Eles podem possuem uma forma e podem ser visualizados de forma concreta. Como exemplo de substantivos concretos, pode-se citar:
homem – cidade – Maria – fórum – skate – cadeira – árvore – celular – cavalo – bolsa – copo – Brasil
Em contraste com os concretos, há os substantivos abstratos, que dependem de outros seres para se manifestarem. Os substantivos abstratos são termos que nomeiam ações, estados e qualidades, ou seja, necessitam estar atrelados a outros substantivos para existirem. Como exemplo de substantivos abstratos, pode-se citar:
justiça – tristeza – viagem – otimismo – ira – podridão – amor – perdão – saudade – velhice – doença – limpeza
Quanto aos seres fictícios (fadas, duendes, bruxas…), é importante destacar que eles fazem parte da classificação dos substantivos concretos, pois, apesar de serem irreais, possuem uma forma concreta conhecida por todos.
Os substantivos podem designar os seres de maneira genérica ou de maneira específica. Quando o substantivo se aplica a todos os seres de uma espécie, de maneira genérica, ele é chamado de substantivo comum. Por exemplo:
pessoa – gente – cidade – país – mulher – vizinho – time – hora – mês – tempestade – montanha – ilha
Quando se aplica a determinado indivíduo de uma espécie, de maneira específica, particularizando-o dentro de uma espécie e distinguindo-se dos restantes, é chamado de substantivo próprio. O substantivo próprio sempre é escrito com letra maiúscula. Pode designar nomes de pessoas, cidades, rios festividades, entidades, etc. Por exemplo:
Murilo – São Paulo – Brasil – Janeiro – Austrália – Saturno – Natal – Europa – Londres – Gabriel – Rio Amazonas – Flamengo
Na frase a seguir, observa-se a ocorrência de um substantivo próprio e um substantivo comum:
O meu gato se chama Bob
Gato: substantivo comum
Bob: Substantivo próprio
O substantivo simples é formado por um único elemento, por exemplo:
água – futebol – rei – amigo – compra – venda – passeio – réptil – férias – flor – roupa – prima
O substantivo composto é formado por dois ou mais elementos. Existem substantivos compostos que são grafados com hífen, que são chamados substantivos compostos por justaposição (cachorro-quente), e os que são grafados sem hífen, chamados de substantivos compostos por aglutinação (girassol = girar+sol). São exemplos de substantivos compostos:
cachorro-quente; ano-luz; decreto-lei; terça-feira; meio-dia; paraquedas; passatempo; mandachuva; aguardente; pontapé; vaivém; malmequer
O plural dos substantivos compostos pode ocorrer das seguintes formas
– Flexão dos dois elementos que formam a palavra, quando o substantivo composto é formado por palavras variáveis, especialmente substantivos e adjetivos.
Exemplo: matéria-prima e matérias-primas; guarda-noturno e guardas-noturnos.
– Flexão apenas do primeiro elemento, quando o substantivo composto é formado pela união de dois substantivos, sendo que o segundo termo limita o sentido do primeiro.
Exemplo: decreto-lei e decretos-lei; público-alvo e públicos-alvo.
A flexão somente do primeiro elemento também ocorre nos substantivos .
– Flexão apenas do segundo elemento, quando o primeiro elemento do substantivo composto é um verbo ou uma palavra invariável, e o segundo elemento é um substantivo ou adjetivo.
Exemplo: beija-flor e beija-flores; vice-presidente e vice-presidentes.
O substantivo primitivo é aquele que não provém de outra palavra da língua portuguesa, por exemplo, a palavra limão, que vem do árabe laimun. Ao contrário do substantivo primitivo, o substantivo derivado se origina a partir de outra palavra da língua portuguesa. Um exemplo de substantivo derivado é a palavra limoeiro, que provém da palavra limão. Abaixo, há uma lista com substantivos primitivos e alguns de seus derivados:
Primitivo / Derivado
mar / marinheiro
papel / papelada
terra / território
jardim / jardinagem
livro / livraria
chuva / chuvada
Os substantivos coletivos designam um agrupamento de pessoas, de seres, de coisas, objetos ou animais. Como exemplo de substantivos coletivos, pode-se citar:
Assembleia: grupo de pessoas
Banca: grupo de examinadores
Comunidade: grupo de cidadãos
Elenco: grupo de atores, artistas
Exército: grupo de soldados
Legião: grupo de soldados, anjos ou demônios
Prole: grupo de filhos
Tripulação: grupo de marinheiros ou aviadores
Bosque: conjunto de árvores
Buquê: conjunto de flores
Pomar: conjunto de árvores frutíferas
Fornada: grupo de pães
Frota: grupo de carros ou navios
Galeria: grupo de objetos de arte
Atlas: grupo de mapas
Constelação: grupo de estrelas
Anteriormente, foram apresentadas as classificações dos substantivos. A seguir, há algumas regras sobre o gênero dos substantivos, que, no português, podem ser masculinos ou femininos. Pertencem ao gênero masculino todos os substantivos que podem ser precedidos pelo artigo “o”; pertencem ao gênero feminino todos os substantivos que podem ser precedidos pelo artigo “a”.
O feminino pode ser formado das seguintes maneiras:
– Trocando a terminação “o” por “a”.
Exemplos: menino e menina, moço, moça, engenheiro e engenheira.
– Acrescentando a terminação “a”.
Exemplos: português e portuguesa, cantor e cantora, agricultor e agricultora.
– Trocando o “ão” final para “ã”, “oa”, “ona”.
Exemplos: catalão e catalã, leão e leoa, valentão e valentona.
– Adicionando as terminologias “esa”, “essa”, “isa”, “ina”, “triz”.
Exemplos: príncipe e princesa, conde e condessa, profeta e profetisa, czar e czarina, ator e atriz.
– Há também os substantivos que tem o feminino formado por palavras completamente diversas.
Exemplos: homem e mulher, bode e cabra, boi e vaca.
– Alguns substantivos são comuns de dois gêneros, ou seja, apresentam a forma masculina e a feminina iguais, e a distinção entre eles é feita pelo artigo que os precede.
Exemplos: o dentista e a dentista, o colega e a colega, o estudante e a estudante.
– Os substantivos epicenos designam alguns animais e possuem somente um gênero. Para indicar o gênero são utilizadas as palavras macho ou fêmea.
Exemplos: cobra macho e cobra fêmea, jacaré macho e jacaré fêmea.
– Os substantivos sobrecomuns se referem a pessoas e possuem um só gênero tanto para o masculino como para o feminino.
Exemplos: A criança – pode ser tanto masculino quanto feminino. A vítima – pode ser tanto masculino quanto feminino.
Grau é uma propriedade do substantivo que lhe permite exprimir as variações do tamanho de um ser. Por exemplo: livro (tamanho normal), livrinho (grau diminuitivo), livrão (tamanho aumentativo). As variações de grau de um substantivo podem ser feitas das seguintes formas:
– Analítica, em que simplesmente se adiciona um adjetivo após o substantivo: casa grade e casa pequena.
– Sintética, em que adiciona um sufixo ao substantivo: casa, casebre (diminuitivo) e casarão (aumentativo). Abaixo, segue uma lista com o grau aumentativo e diminuitivo de alguns substantivos:
NOTA DE CORTE SISU
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Normal | Grau diminutivo | Grau aumentativo |
abelha | abelhita, abelhazinha, abelhinha | abelhão |
animal | animalejo, animalzinho, animálculo | animalão, animalaço |
asa | álula, aselha, asinha | asona |
bala | balinha | balázio, balaço |
caneca | canequinha | canecão |
cão | cãozinho, cãozito, canito, canicho | canzarrão, canaz |
cara | carinha | caraça, carantonha, carão |
casa | casebre, casinha | casarão |
chapéu | chapelete, chapeuzinho, chapeleta, chapelinho | chapelão, chapeirão |
chuva | chuvisco, chuvinha, chuvisqueiro | chuvada |
copo | copinho | copázio, coparrão, copaço |
criança | criancinha | criançona |
dedo | dedinho | dedão |
dente | dentículo, dentinho | dentola, dentuça, dentão, dentilhão |
faca | faquinha | facalhão, facalhaz, facão |
muro | Mureta | muralha |
nariz | narizinho, narizito | narigão, nariganga, narigolê, narilão |
papel | papelucho, papelinho, papelico, papelete | papelão |
pedra | pedrisco | pedregulho |
porta | portinhola, portinha | portão |
rocha | rochinha | rochedo |
sala | salinha, salita, saleta | salão |
tesoura | tesourinha | tesourão |
vidro | Vidrinho | vidraça |
voz | vozinha, vozita | vozeirão, vozeiro |
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