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Cotas SiSU: Saiba quem tem direito e como funcionam as novas regras

As cotas do SISU foram instituídas pela Lei nº 12.711/2012 para garantir maior inclusão e justiça social no acesso ao ensino superior público. O sistema reserva 50% das vagas em instituições federais para estudantes que cursaram todo o Ensino Médio em escolas públicas, com critérios adicionais de renda, raça e deficiência. O objetivo é combater desigualdades históricas e ampliar oportunidades para grupos tradicionalmente excluídos.

Para concorrer às vagas reservadas, é essencial ter cursado integralmente o Ensino Médio em escola pública. Estudantes que concluíram por meio do ENEM ou ENCCEJA também podem participar, desde que a certificação tenha sido emitida por instituições públicas. Certificações de escolas privadas não dão direito às cotas.

A reserva de vagas é subdividida de acordo com critérios de renda, raça e deficiência, organizados por códigos padronizados como L1, L2, L5, entre outros. Cada código combina variáveis específicas, permitindo identificar qual cota o estudante pode disputar. As instituições utilizam dados do IBGE para ajustar a oferta conforme a realidade demográfica de cada estado, garantindo um sistema mais justo e representativo.

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Os grupos raciais contemplados incluem pretos, pardos, indígenas e, com a atualização da Lei de Cotas, quilombolas. Essa inclusão amplia a representatividade e reforça o compromisso com a equidade. Pessoas com deficiência também estão entre os beneficiários, conforme previsto na Lei nº 13.409/2016, respeitando os percentuais definidos por dados oficiais da população brasileira.

Uma das principais mudanças válidas a partir de 2024 é a obrigatoriedade de análise prévia pela ampla concorrência. Todos os candidatos são inicialmente avaliados nessa modalidade. Se não atingirem nota suficiente, são então considerados nas cotas. Isso evita que estudantes com notas altas deixem de ser aprovados pela ampla concorrência e torna o sistema mais eficiente.

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Outra mudança significativa é o novo limite de renda para as cotas socioeconômicas. A partir de 2024, apenas candidatos com renda familiar bruta mensal per capita de até um salário mínimo podem participar. Anteriormente, o teto era de um salário mínimo e meio. A alteração busca focar o benefício em quem realmente necessita.

Como funcionam os tipos de cotas no SiSU?

As cotas por renda são voltadas a estudantes de baixa renda que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas. Esse grupo, além da renda, pode combinar outros critérios como identidade racial ou deficiência, ampliando as chances de ingresso. A segmentação detalhada evita distorções e garante que as vagas reservadas sejam destinadas a quem mais precisa.

Já as cotas étnico-raciais atendem estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas. A proporcionalidade é definida com base na população de cada estado. A medida fortalece a representatividade e combate a desigualdade estrutural. A presença dos quilombolas no sistema é recente, mas representa um marco importante na inclusão educacional.

Candidatos com deficiência também são atendidos pelo sistema de cotas. Eles devem apresentar documentação comprobatória e atender aos critérios legais. A reserva de vagas para esse grupo respeita percentuais baseados em dados populacionais, garantindo uma distribuição equitativa e o cumprimento da legislação vigente.

Com as atualizações da Lei de Cotas, as instituições ajustaram seus processos seletivos para atender às novas regras. O candidato deve estar atento às exigências e preparar a documentação com antecedência. A consulta aos editais de cada universidade é essencial para entender os critérios específicos aplicados.

  • Conclusão do Ensino Médio em escola pública: requisito obrigatório para qualquer modalidade de cota.
  • Certificação pelo ENEM ou ENCCEJA: válida apenas se emitida por instituição pública.
  • Renda familiar per capita: até 1 salário mínimo para cotas de baixa renda a partir de 2024.
  • Participação na ampla concorrência: todos os candidatos são avaliados antes de concorrer por cota.
  • Inclusão de quilombolas: nova regra amplia direitos e representatividade.

Cronograma das cotas no SiSU:

  • Início das inscrições: previsto para janeiro de 2026
  • Análise pela ampla concorrência: antes da aplicação das cotas
  • Divulgação do resultado da chamada regular: ainda a ser definido pelo MEC
  • Prazo para matrícula na chamada regular: datas definidas por cada instituição
  • Inscrição na lista de espera: após divulgação da chamada regular

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