Biologia

Genética: Codominância

A codominância é um fenômeno genético em que duas alelos diferentes de um gene são expressos simultaneamente no fenótipo de um organismo. Esse conceito é relevante não apenas na biologia geral, mas também nas provas de vestibular e no Enem, onde a compreensão das interações entre diferentes alelos pode ser crucial para a resolução de questões. A codominância desafia a ideia simplista de dominância e recessividade e é fundamental para entender a variabilidade genética e fenótipos complexos.

Nos exames, questões que envolvem a codominância costumam se relacionar com exemplos práticos, como o sistema de grupos sanguíneos humanos, em que os alelos A e B são codominantes. Assim, indivíduos que possuem ambos os alelos manifestarão o fenótipo AB. Além disso, aspectos como as leis de Mendel e os princípios da herança também podem ser explorados nas questões.

Conceitos Fundamentais

Definição de Codominância

A codominância ocorre quando ambos os alelos de um par são expressos no fenótipo. Isso difere da dominância, onde um alelo mascara a expressão do outro. No caso da codominância, ambos os traços se manifestam de maneira visível e independente.

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  • Alelos Codominantes: São alelos que expressam seus efeitos fenotípicos em um organismo heterozigoto.
  • Exemplo Clássico: No sistema sanguíneo ABO, os alelos A e B são codominantes, resultando no fenótipo AB quando estão juntos.

Exemplos de Codominância

Além do sistema de grupos sanguíneos, outros exemplos de codominância incluem:

  • Plantas de Grão-de-Bico: A cor das flores pode ser um exemplo de codominância, onde flores vermelhas e brancas resultam em flores rosas em organismos heterozigotos.
  • Animais: Algumas raças de gado apresentam pelagem onde as cores distintas podem ser observadas lado a lado, resultando em regiões brancas e pretas em um mesmo indivíduo.

Leis de Mendel e Codominância

A codominância está intimamente relacionada às Leis de Mendel, que descrevem a herança de traços em organismos. Gregor Mendel, conhecido como o pai da genética, formulou duas leis que são essenciais para entender os padrões de herança:

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  • Lei da Segregação: Estabelece que os alelos para um determinado gene se segregam durante a formação dos gametas. Os gametas de um organismo heterozigoto conterão alelos diferentes.
  • Lei da Distribuição Independente: Afirma que os alelos de diferentes genes se segregam independentemente uns dos outros.

A codominância idealmente se adapta a essas leis, pois em um cruzamento de indivíduos heterozigotos, os fenótipos dos descendentes podem ser previstos regras de Mendel. Por exemplo, em um cruzamento entre um indivíduo com fenótipo A (genótipo IAi) e um indivíduo com fenótipo B (genótipo IBi), os resultados possíveis incluem os fenótipos A, B e AB, alinhando-se com a Lei da Segregação.

Ciclos Bioquímicos e Codominância

A codominância também pode ser explorada em termos dos ciclos bioquímicos dentro das células. A expressão gênica, que envolve a transcrição de DNA em RNA e a tradução desse RNA em proteínas, é um processo bioquímico complexo que pode ser influenciado por diferentes alelos. Os fenótipos que observamos são o resultado da soma das proteínas expressas a partir dos alelos codominantes.

  • Proteínas como Marcas de Codominância: Por exemplo, em organismos com codominância no sistema de grupos sanguíneos, o tipo sanguíneo AB é resultado da produção simultânea das enzimas que sintetizam o antígeno A e o antígeno B, demonstrando como a expressão de diferentes proteínas pode levar a um fenótipo específico.

Estruturas Celulares e Interações Gênicas

A codominância também requer um entendimento das estruturas celulares, especialmente em relação à organização do material genético. Os genes que determinam características codominantes estão localizados nos cromossomos e a forma como os alelos interagem pode influenciar a expressão de características fenotípicas.

  • Cromossomos Homólogos: Durante a meiose, alelos de um gene específico são segregados e distribuídos em células-filhas, conforme a Lei da Segregação.
  • Síntese de Proteínas: A presença de alelos codominantes pode resultar na produção de proteínas diferentes que contribuem para um fenótipo mais complexo.

Exercícios e Questões Comuns em Vestibulares e Enem

As questões sobre codominância podem aparecer de várias maneiras nos exames. Aqui estão algumas abordagens típicas:

  • Identificação de fenótipos em cruzamentos genéticos.
  • Análise de pedigree para traçar herança de características codominantes.
  • Comparação entre codominância e outros tipos de herança, como dominância completa e herança recessiva.

Um exemplo prático pode ser uma pergunta que apresenta um cruzamento entre um pai com tipo B e uma mãe com tipo A e pergunta sobre a probabilidade de obter um filho com tipo sanguíneo AB.

Exemplo de Questão

Um casal possui grupos sanguíneos A e B (ambos heterozigotos). Qual é a probabilidade de seu filho ter grupo sanguíneo AB?

Resolução:

  • Genótipos dos pais: IAi (A) e IBi (B).
  • Possíveis gametas: IA, i, IB, i.
  • Resultados possíveis de cruzamentos: IAIB (AB), IAi (A), IBi (B), ii (O).
  • Frequência fenotípica: 1 AB, 1 A, 1 B, 1 O.
  • Probabilidade de AB = 1/4 ou 25%.

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