Absolutismo Inglês e Revolução Inglesa: Preparação para Vestibular e Enem

O Absolutismo Inglês foi um período singular na história da Inglaterra, marcado por uma série de conflitos políticos, econômicos e religiosos, que transcenderam as fronteiras da ilha e influenciaram profundamente a construção do mundo moderno. Este período foi caracterizado pelo fortalecimento do poder monárquico, sobretudo nas figuras de Henrique VIII e Elizabeth I, e mais tarde, durante o reinado dos Stuart, culminando em conflitos diretos com o Parlamento Inglês.

Características e Desenvolvimento

• Poder Centralizado: O monarca tinha poderes quase ilimitados, controlando a justiça, as forças armadas e a administração.
• Conflito com o Parlamento: Surgiram disputas acerca dos direitos e poderes do Parlamento, especialmente em relação à tributação.
• Religião: A Reforma Anglicana, iniciada por Henrique VIII, estabeleceu a Igreja da Inglaterra e intensificou os conflitos religiosos.
• Economia: A economia inglesa passou por transformações, com o desenvolvimento do capitalismo comercial e o início das colonizações.

Durante o Absolutismo Inglês, a monarquia passou por importantes testes, enfrentando resistências internas que definiriam, posteriormente, a limitação do poder real em favor de uma monarquia constitucional. É essencial compreender os contextos dos reinados de Elizabeth I, que solidificou o poder após as disputas religiosas, e de Charles I, cujo reinado foi marcado por tensões sem precedentes com o Parlamento, culminando na Guerra Civil Inglesa.

Vestibular e Enem: receba informações e material gratuito no WhatsApp

Revolução Inglesa

A Revolução Inglesa, que culminou na execução de Charles I em 1649, foi um marco decisivo na história da Inglaterra e da governança mundial. Esse período de agitação civil, guerras e processos políticos significou a transição da monarquia absolutista para um sistema de monarquia constitucional, criando um precedente para o desenvolvimento da democracia liberal moderna.

Causas e Desdobramentos

• Questões Religiosas: Divergências intensas entre puritanos e anglicanos, além das tentativas de Charles I de impor práticas anglicanas na Escócia.
• Conflitos Políticos: A insistência de Charles I em governar sem o Parlamento, e sua subsequente tentativa de impor tributações sem o consentimento parlamentar.
• Guerra Civil Inglesa (1642-1651): Dividida em duas fases, foi o confronto armado entre os Cavaleiros, leais ao Rei, e os Cabeças-redondas, que apoiavam o Parlamento.

Após a execução de Charles I, a Inglaterra experimentou um breve período republicano sob Oliver Cromwell, denominado a República da Commonwealth, seguido pela restauração da monarquia em 1660 com Charles II. Mais tarde, a Gloriosa Revolução de 1688 solidificou o poder do Parlamento sobre a monarquia, estabelecendo o sistema de monarquia parlamentarista que prevalece até hoje na Inglaterra.

Consequências e Legado

• Declínio do Absolutismo: A Revolução Inglesa marcou o começo do fim para o absolutismo na Inglaterra, limitando poderes reais.
• Bill of Rights (1689): Codificou a liberdade de expressão e o direito de petição, além de solidificar a necessidade do consentimento parlamentar para tributação e manutenção de um exército em tempos de paz.
• Constitucionalismo: Inspirou movimentos constitucionalistas e democráticos em todo o mundo, evidenciando o poder de um governo representativo e limitado.

A compreensão dos eventos que moldaram o Absolutismo Inglês e a Revolução Inglesa é fundamental para qualquer estudante que se prepare para o Vestibular e o Enem. Esses momentos da história não só alteraram a trajetória da Inglaterra, mas também contribuíram para a evolução das noções modernas de governo, direitos individuais e liberdade.

Ao contextualizar essas transformações, os estudantes podem melhor compreender como as agitações políticas, econômicas e religiosas convergiram para produzir um novo paradigma na governança. Além disso, é essencial reconhecer a influência que o Absolutismo e a Revolução Inglesa tiveram em outras partes do mundo, preparando o terreno para a expansão do liberalismo, a formação dos Estados Nacionais modernos e o desenvolvimento das democracias contemporâneas.

Em resumo, o estudo do Absolutismo Inglês e da Revolução Inglesa não só enriquece a compreensão do passado, mas também oferece insights valiosos sobre os processos que formam as bases dos sistemas políticos modernos, destacando a importância da constituição, da lei e da proteção dos direitos individuais contra o arbítrio do poder.