Os babilônios foram uma das civilizações mais influentes da antiga Mesopotâmia, surgindo no início do segundo milênio a.C. na região central do sul da Mesopotâmia, perto do atual Bagdá, Iraque. A cidade de Babilônia, ao longo do rio Eufrates, tornou-se o centro deste império poderoso e é mais conhecida por sua magnificência, riqueza e a famosa Torre de Babel.
Os babilônios alcançaram o auge de seu poder sob o reinado de Nabucodonosor II (604-562 a.C.), durante o qual a Babilônia se tornou uma das maiores cidades do mundo antigo, famosa por seus imponentes muros e luxuosos jardins suspensos, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
A sociedade babilônica era altamente estratificada, com um rei no topo da hierarquia, seguido por sacerdotes, funcionários do estado, comerciantes, artesãos e camponeses. Os reis babilônicos não eram apenas governantes temporais, mas também considerados intermediários entre os deuses e os homens, desempenhando um papel crucial nos rituais religiosos.
A religião desempenhava um papel central na vida cotidiana, com vários deuses adorados em complexos templos em toda a cidade. Os babilônios também contribuíram significativamente para as artes e ciências, com avanços em astronomia, matemática e medicina que eram avançados para a época.
Legalmente, os babilônios são conhecidos pelo Código de Hamurabi, um dos mais antigos e completos códigos de leis escritas, que detalhava as regras sobre transações comerciais, punições criminais e direitos de propriedade. Este código é famoso pela sua aplicação do princípio de “olho por olho”, que buscava propor a justiça como retribuição proporcional.
Na arquitetura, além dos Jardins Suspensos, a Babilônia era renomada por seus grandiosos projetos de construção, como o Portão de Ishtar, ricamente decorado com relevos de dragões e touros. Esses projetos não apenas demonstravam o poder e a riqueza do império, mas também sua sofisticação técnica e estética.
O legado dos babilônios se estende além de suas conquistas arquitetônicas e legais. Eles deixaram um impacto duradouro na região através de sua escrita cuneiforme, práticas religiosas e a transmissão de seu conhecimento astronômico e matemático.
A influência babilônica pode ser vista nas culturas que os sucederam na região, incluindo os persas, que adotaram e adaptaram muitos de seus avanços. No entanto, apesar de sua grandeza, o Império Babilônico começou a declinar após a morte de Nabucodonosor II, eventualmente caindo para os persas em 539 a.C. sob o comando de Ciro, o Grande.
O declínio foi acelerado por problemas internos e a dificuldade em manter o controle sobre seus vastos territórios, mas a Babilônia permaneceu como um importante centro cultural e comercial, mesmo sob o domínio persa.
Estudar os babilônios nos permite entender a complexidade e a riqueza da história mesopotâmica e seu profundo impacto na evolução das civilizações humanas, especialmente na forma como influenciaram os aspectos legais, culturais e científicos da sociedade humana.
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