História

Mesopotâmia: povos, características, sociedade

A Mesopotâmia, conhecida como “terra entre rios”, foi um dos palcos mais importantes para o desenvolvimento das primeiras civilizações da humanidade durante a Era Antiga. Situada entre os rios Tigre e Eufrates, no Oriente Médio, essa região propiciou o surgimento e a expansão de culturas ricas e complexas, como os sumérios, acádios, babilônios e assírios.

Para entender sua relevância nos vestibulares e no Enem, vamos explorar seus aspectos mais críticos: sociedade, governo, cultura, economia e ciência. Esta análise oferece uma visão ampla do impacto duradouro da Mesopotâmia em múltiplas áreas do conhecimento e da vida cotidiana, destacando sua fundamental importância no contexto da Era Antiga.

Povos da Mesopotâmia

Os sumérios são reconhecidos por estabelecerem algumas das primeiras cidades do mundo por volta de 3500 a.C., como Uruk, Ur e Lagash, introduzindo inovações fundamentais como a escrita cuneiforme, o sistema de contagem baseado em 60 (que ainda hoje influencia a maneira como medimos horas e minutos) e complexas estruturas sociais e religiosas.

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Ao longo do tempo, outras civilizações influentes surgiram na região. Os acádios, sob o comando de Sargão de Akkad, formaram um dos primeiros impérios conhecidos ao unificar várias cidades-estado sumérias sob um único governante por volta de 2300 a.C.

Posteriormente, a ascensão dos babilônios marcou a era com o famoso rei Hammurabi, que codificou um dos primeiros e mais completos conjuntos de leis escritas — o Código de Hammurabi — por volta de 1754 a.C. Este código abordava tudo, desde propriedade e roubo até família e direitos civis, estabelecendo padrões legais que ressoam até os nossos dias.

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Por fim, os assírios, conhecidos por sua poderosa máquina militar e habilidades administrativas, dominaram a região a partir do século IX a.C., utilizando-se de técnicas avançadas de guerra e extensa burocracia para gerir seu vasto império. A interação contínua entre esses e outros grupos na Mesopotâmia criou uma paisagem dinâmica de intercâmbio cultural e inovação tecnológica que foi fundamental para o desenvolvimento da civilização humana.

Aspectos Sociopolíticos e Econômicos

A sociedade mesopotâmica era estratificada e hierárquica. No topo, encontrava-se o rei, considerado uma divindade ou mediador entre os deuses e os homens, especialmente nas primeiras fases da história mesopotâmica. Seguiam-se os nobres, sacerdotes, comerciantes, artesãos, agricultores e, por fim, os escravos, geralmente prisioneiros de guerra ou pessoas endividadas.

O governo na Mesopotâmia evoluiu de cidades-estado independentes, como Uruk e Ur, para impérios centralizados, destacando-se os impérios acádio, babilônico e assírio. Essa transição significou uma mudança significativa na administração dos recursos, centralizando o poder e permitindo expansões territoriais.

A economia mesopotâmica baseava-se principalmente na agricultura, favorecida pela fertilidade do solo graças às inundações periódicas dos rios Tigre e Eufrates. O desenvolvimento de sistemas de irrigação ampliou a capacidade produtiva, sustentando a densidade populacional e a complexidade urbana.

Além da agricultura, o comércio era vital, com rotas que conectavam a Mesopotâmia a regiões tão distantes quanto o Vale do Indo e o Egito. A invenção da roda e a escrita cuneiforme foram essenciais para o suporte dessa complexidade, facilitando, respectivamente, o transporte e a administração econômica.

Cultura, Religião e Ciência

A religião mesopotâmica era politeísta, com uma vasta panóplia de deuses associados a elementos naturais, cidades ou aspectos da vida. Templos monumentais, conhecidos como ziggurats, dominavam as cidades, funcionando como centros religiosos e econômicos.

Deuses principais como Anu (céu), Enlil (ar), Ea (água) e Inanna (amor e guerra) formavam o coração do panteão mesopotâmico. A Epopeia de Gilgamesh, uma das mais antigas obras literárias conhecidas, reflete as crenças e valores mesopotâmicos, revelando a busca pela imortalidade e o entendimento do papel humano no universo.

A contribuição mesopotâmica para a ciência e tecnologia é inestimável. Além da já mencionada invenção da roda e da escrita cuneiforme, destacam-se:

Sistemas de irrigação: Os mesopotâmicos desenvolveram sofisticados sistemas de canais, barragens e reservatórios para controlar o fluxo dos rios Tigre e Eufrates, maximizando a área cultivável e melhorando a agricultura.

Matemática: Eles introduziram um dos primeiros sistemas de numeração baseados no valor posicional, que usava a base 60. Isso não só facilitou cálculos complexos, mas também contribuiu para o desenvolvimento da astronomia.

Astronomia: Os astrônomos mesopotâmicos podiam prever eventos celestes, como eclipses e movimentos planetários. Eles também dividiram o ano em 12 meses e o dia em 24 horas, estabelecendo as bases para os sistemas de medição de tempo que usamos hoje.

Medicina: Registros cuneiformes revelam um avançado conhecimento médico, incluindo diagnósticos, prescrições e descrições de sintomas de várias doenças. Os mesopotâmicos também praticavam a cirurgia e tinham farmacopeias que listavam plantas medicinais.

Arquitetura e engenharia: Eles foram pioneiros no uso de tijolos de argila na construção de suas cidades, templos e ziggurats (torres escalonadas que serviam como templos). Além disso, desenvolveram técnicas de engenharia que permitiam a construção de estruturas grandes e duráveis.

Essas inovações não apenas facilitaram o desenvolvimento da própria Mesopotâmia, mas também tiveram um impacto profundo nas civilizações subsequentes, transmitindo um legado que perdura até os tempos modernos.

A Mesopotâmia, enquanto berço das primeiras grandes civilizações, oferece um panorama rico e variado da capacidade humana de adaptação, inovação e organização social. Seja na invenção da escrita, na construção de cidades imponentes como Babilônia, ou na elaboração de leis que ainda ecoam em nossos sistemas jurídicos, a herança mesopotâmica é um testemunho duradouro do engenho humano.

Importante: Ao estudar para provas como o Enem e vestibulares, é crucial não apenas memorizar fatos, mas também conectar esses eventos históricos com temas e questões atuais, abordando-os de maneira crítica e reflexiva. A História da Mesopotâmia, com suas inovações e desafios, oferece amplas oportunidades para desenvolver tal pensamento.

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