História

Quanto tempo Israel ficou cativo na babilônia?

O Cativeiro da Babilônia é um dos eventos mais significativos da história bíblica, marcando um período em que o povo judeu viveu exilado fora de sua terra natal. Este exílio teve início em 597 a.C., quando Nabucodonosor II, rei da Babilônia, após subjugar o Reino de Judá, deportou a primeira leva de judeus, incluindo membros da realeza e da elite, para a Babilônia.

Uma segunda deportação ocorreu em 586 a.C., após uma revolta em Jerusalém, resultando na destruição do Templo de Salomão e na devastação de Jerusalém, um golpe devastador para a identidade e a religiosidade judaicas.

Durante o exílio, os judeus enfrentaram o desafio de manter sua identidade cultural e religiosa em um ambiente estrangeiro. Este período foi crucial para o desenvolvimento do judaísmo como o conhecemos hoje, pois foi nessa época que a importância da Torá como texto central da vida judaica foi solidificada. Os judeus criaram uma comunidade resiliente na Babilônia, onde floresceram escolas de pensamento e onde o Talmude Babilônico eventualmente seria redigido, um dos textos mais importantes do judaísmo rabínico.

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O fim do exílio veio com o decreto de Ciro, o Grande, em 538 a.C., após sua conquista da Babilônia. Ciro permitiu que os judeus retornassem a Judá e reconstruíssem o Templo em Jerusalém, um processo que foi completado em 516 a.C. com a consagração do Segundo Templo.

Este retorno não significou que todos os judeus deixaram a Babilônia; muitos permaneceram, tendo estabelecido lá suas famílias e vidas. Contudo, o retorno à Judá simbolizou uma renovação da fé e da prática religiosa judaica, além de reafirmar a ligação dos judeus com sua terra ancestral.

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Este período de cerca de 70 anos é uma lembrança da resiliência e da capacidade de adaptação do povo judeu, demonstrando como uma comunidade pode manter suas tradições e identidade mesmo sob circunstâncias adversas. O Cativeiro da Babilônia, portanto, não apenas moldou o judaísmo em formas que perduram até hoje, mas também oferece uma narrativa de perda, resiliência e renovação que é central para a identidade judaica.

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