História

República da Espada: Preparatório Vestibular e Enem

O período conhecido como República da Espada marca os anos iniciais da República Brasileira, entre 1889 e 1894, sob as presidências dos militares Marechal Deodoro da Fonseca e Marechal Floriano Peixoto. Este texto visa preparar estudantes para o Vestibular e Enem, abordando aspectos cruciais dessa fase da nossa história, de modo a compreender suas dinâmicas políticas, sociais e econômicas.

O contexto da Proclamação da República e a ascensão da República da Espada

O Brasil, até o final do século XIX, era uma monarquia sob o comando de Dom Pedro II. Contudo, a insatisfação de setores da sociedade, como os militares, fazendeiros do café do Vale do Paraíba, setores médios urbanos e os republicanos históricos, culminou na Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Esse ato marcou o início da fase conhecida como República da Espada, caracterizada pelo governo militar do país.

Presidências Militares: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto

Este período da história brasileira é marcado pela liderança de dois presidentes militares: Marechal Deodoro da Fonseca, que liderou a Proclamação da República e assumiu a presidência entre 1889 e 1891, e Marechal Floriano Peixoto, seu vice-presidente, que o sucedeu e ficou no poder até 1894.

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Presidência de Deodoro da Fonseca

  • A primeira presidência de Deodoro da Fonseca foi caracterizada por tensões políticas, econômicas e pela imposição autoritária.
  • O encerramento do Império e a transição para a República se deram de forma abrupta, sem ampla participação popular, o que gerou instabilidade.
  • Deodoro dissolveu o Congresso Nacional em 1891, em um episódio conhecido como o Golpe de 3 de novembro, o que acentuou o cenário de crise.
  • Sua renúncia em 1891, após pressão política e militar, deu lugar a Floriano Peixoto, seu vice.

Presidência de Floriano Peixoto

  • Floriano Peixoto, conhecido como “Marechal de Ferro”, teve um governo marcado por centralização do poder e forte repressão a oposições.
  • O seu período no poder enfrentou diversas revoltas, incluindo a Revolta da Armada (1893-1894) e a Revolução Federalista (1893-1895).
  • Floriano conseguiu sufocar essas rebeliões, reafirmando a autoridade do governo central, mas a um custo de grande instabilidade e violência.
  • Apesar das controvérsias, Floriano Peixoto é figura emblemática por ter consolidado a República, mesmo por meios autoritários.

Consequências da República da Espada

A República da Espada deixou marcas profundas na sociedade e política brasileira. Algumas dessas consequências incluem:

  • A consolidação do regime republicano no Brasil, apesar dos métodos autoritários.
  • Uma nova configuração do poder, que passou a ser disputado principalmente por oligarquias regionais na fase seguinte, conhecida como República Velha ou República Oligárquica.
  • A marginalização de setores sociais que apoiaram a República, mas que foram afastados do poder, como os abolicionistas e os republicanos históricos.
  • O estabelecimento de uma cultura política que valorizava a intervenção militar na política, o que perdurou por décadas futuras.

Relação com outros povos e regiões neste contexto

Durante a República da Espada, as relações internacionais do Brasil estavam essencialmente voltadas à sua afirmação enquanto nação republicana nas Américas. A mudança de regime em um país de dimensões continentais como o Brasil, que passou de monarquia para república, foi observada com interesse e cautela por outras nações, principalmente pelas repúblicas hispânicas vizinhas, que já haviam passado por processos semelhantes em décadas anteriores.

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  • A aproximação com países como os Estados Unidos, que havia solidificado seu regime republicano desde o século XVIII, marcou uma tentativa de buscar modelos e apoio para a consolidação republicana no Brasil.
  • O período também é marcado pelo isolacionismo, com foco na solução de questões internas e na consolidação do regime.

Compreender o período da República da Espada é fundamental para entender a formação do estado brasileiro moderno, seus desafios iniciais, e as raízes de algumas estruturas sociais e políticas que perduraram ao longo da história do Brasil. Para os estudantes que se preparam para o Vestibular e o Enem, revisitar este capítulo da nossa história é essencial para apreender não só os eventos históricos, mas também suas implicações na construção da identidade nacional.

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