Redação

Enem 2024: filósofos e escritores para enriquecer sua redação

O Enem 2024, importante exame para ingresso em instituições de ensino superior no Brasil, abordará um tema de relevância social: “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. A escolha desse tema vem a calhar, especialmente em um país que possui uma rica e complexa influência da cultura africana. Para preparar uma boa redação, o candidato pode se inspirar em diversos filósofos e escritores que contribuíram para o entendimento dessa herança.

Mais de 4,3 milhões de pessoas se inscreveram para participar do exame. O primeiro dia de aplicação será no próximo domingo, e contará com 90 questões. Metade das questões abordará linguagens, enquanto a outra metade englobará ciências humanas. Por isso, é importante que os candidatos estejam bem preparados.

Aspectos fundamentais a serem abordados na redação

A redação do Enem deve ser um texto dissertativo-argumentativo. Isso significa que o aluno precisa defender um ponto de vista sobre o tema proposto. Em relação à herança africana, é essencial que se considerem os seguintes aspectos:

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  • Histórico: As contribuições da cultura africana na formação da identidade brasileira.
  • Social: A luta contra o racismo e a valorização das tradições afro-brasileiras.
  • Cultural: A importância da música, dança e religião afro-brasileira.
  • Político: O reconhecimento das influências africanas nas políticas públicas e na educação.

É fundamental que a abordagem dos candidatos inclua uma análise crítica da situação atual. Propor intervenções que ajudem na valorização dessa cultura é um ponto importante que deve ser destacado.

Filósofos e suas contribuições

Ao escrever sobre a herança africana, é interessante referenciar alguns filósofos que refletiram sobre a identidade e a cultura brasileira. Um exemplo é Frantz Fanon, que abordou a descolonização e a importância da identidade cultural. Suas ideias podem servir como base para discussões sobre como a cultura africana foi e continua sendo silenciada.

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Outro filósofo relevante é Eduardo Viveiros de Castro, que é conhecido por desenvolver a ideia do “pragmatismo multicultural”. Ele defende a pluralidade cultural e a importância de reconhecer e valorizar as diferentes identidades presentes na sociedade brasileira, o que inclui as contribuições africanas.

A obra de Gilberto Freyre também é fundamental. Ele analisa a formação da sociedade brasileira através da convivência entre diferentes etnias e classes sociais. Em “Casa-Grande & Senzala”, Freyre enfatiza o papel das influências africanas na cultura nacional. Suas observações sobre a miscigenação ajudam a entender como a herança africana se entrelaça com a cultura brasileira.

Escritores que abordam a herança africana

Além dos filósofos, vários escritores também refletem sobre a herança africana em suas obras. Autores como Conceição Evaristo usam a literatura para discutir questões de identidade e pertencimento. Suas histórias trazem à tona as realidades enfrentadas pela comunidade afro-brasileira e ressaltam a importância de reconhecer essa herança.

Joaquim Nabuco, embora conhecido como abolicionista, também discutia a importância da cultura africana. Seu trabalho ajuda a entender como a luta pela liberdade estava interligada à valorização da identidade afro-brasileira.

Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros, é outro exemplo. Embora tenha vivido numa época marcada por preconceitos, suas obras frequentemente exploram questões de raça e identidade. Ele pode servir como referência para discutir a complexidade da herança africana e sua inserção na literatura brasileira.

Reflexão sobre a cultura afro-brasileira

A cultura afro-brasileira é rica e variada, contemplando expressões artísticas, religiosas e sociais. Danças como o samba e o candomblé são exemplos claros da profunda influência africana. Essas manifestações culturais não apenas enriquecem a diversidade brasileira, mas também combatem a invisibilidade desse legado.

Além disso, a literatura pode ser uma poderosa ferramenta para ressaltar essas vozes muitas vezes ignoradas. A obra de Maria Carolina de Jesus, por exemplo, destaca a vida em uma favela e a luta diária de uma mulher negra. Seus escritos são uma forma de resistência e valorização da cultura afro-brasileira.

Por fim, não se pode esquecer dos movimentos sociais que lutam pela valorização e reconhecimento da herança africana. O movimento negro tem sido fundamental para trazer à tona essas discussões e propor políticas públicas que garantam a igualdade racial e a valorização da cultura afro-brasileira.

Com todos esses pontos em mente, o candidato pode enriquecer sua redação e trazer uma perspectiva crítica sobre a herança africana. Referências a filósofos e escritores não apenas demonstram conhecimento, mas também mostram como esse legado é profundamente entrelaçado com a história e a cultura do Brasil.

Caminhos para a valorização da herança africana

A proposta de intervenção na redação deve focar em ações práticas que contribuam para a valorização da herança africana. Algumas sugestões abrangem:

  • Implementação de políticas públicas voltadas à educação sobre a cultura afro-brasileira nas escolas.
  • Criação de programas que incentivem e promovam a música e a dança afro-brasileira.
  • Fomento a espaços culturais que celebrem a herança africana, como centros de cultura e arte.
  • Conscientização sobre a importância da identidade afro-brasileira através de campanhas sociais.

Assim, ao desconstruir preconceitos e ampliar as discussões, é possível avançar no reconhecimento da riqueza da cultura africana e promover uma sociedade mais justa e igualitária.

O gabarito do primeiro dia do Enem será divulgado a partir das 19h do mesmo dia. É importante que os candidatos acompanhem os resultados para planejar seus próximos passos, que podem incluir a inscrição no SiSU, ProUni e Fies.

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