Biologia

Nomenclatura Binomial – Nome Científico

Os primeiros zoólogos elaboravam classificações com uma nomenclatura particular, para uso próprio. Dessa forma, um mesmo ser vivo, estudado por vários cientistas, poderia receber inúmeros nomes distintos, dentro de um mesmo país ou entre países diferentes, em razão das diferenças de idioma. O cão doméstico, por exemplo, é conhecido por mais de 800 nomes diferentes no mundo todo: dog (inglês), chien (francês), cane (italiano), perro (espanhol), inu (japonês), etc. O uso de nomes populares ou vulgares, como também são conhecidos, provoca inúmeras confusões, que podem comprometer inclusive a correta identificação do organismo. Por exemplo: o peixe-boi, na verdade, é um mamífero, enquanto o cavalo-marinho é um peixe.

Para acabar com a confusão resultante dessa situação, foi adotada para os seres vivos uma nomenclatura única universal, fundamentada em regras internacionais, adotadas a partir de 1901, com base nos trabalhos feitos por Lineu no século XVIII. As principais regras são as seguintes:

1) Os nomes científicos devem ser escritos em latim e com destaque. O destaque pode ser o itálico, o negrito ou sublinhado.

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Cão –

Canis familiaris

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Canis familiaris

Canis familiaris

Homem –

Homo sapiens

Homo sapiens

Homo sapiens

A escrita em latim evita variação do nome científico das espécies, pois o latim é uma língua “morta”, isto é, não é mais utilizada e, portanto, não há mudanças em seu modo de escrever.

2) A nomenclatura é binomial, ou seja, todo ser vivo deve ter o seu nome científico com pelo menos duas palavras: a primeira para o gênero e a segunda para a espécie. No exemplo da Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná), Araucaria é o nome do gênero e o conjunto dos dois nomes (Araucaria angustifolia) designa a espécie. É errado utilizar o segundo nome isoladamente.

3) O nome do gênero é um substantivo e deve ser escrito com inicial maiúscula, enquanto o nome da espécie é um adjetivo e deve ser escrito com inicial minúscula. Exemplo: Felis catus (gato).

4) Quando existe subespécie, o nome que a designa deve ser escrito depois do nome da espécie, sempre com inicial minúscula. Exemplo: Rhea americana alba (ema branca).

5) Quando existe subgênero, o nome que o designa deve ser escrito depois do nome do gênero, entre parênteses e com inicial maiúscula. Exemplo: Anopheles (Nyssorhinchus) darlingi (mosquito-prego, transmissor da malária).

6) Em trabalhos científicos, depois do nome do animal, coloca-se o nome do autor que o descreveu. Quaisquer outras indicações, como o ano em que o animal foi descrito, podem se escritas na seqüência, após uma vírgula. Exemplo: bactéria causadora da sífilis = Treponema pallidum Schaudinn & Hoffmann, 1905.

7) O nome da família é feito pela adição da terminação –IDAE ao radical correspondente ao nome do gênero-tipo (aquele mais característico da família). Para subfamília a terminação usada é –INAE e para superfamília é –OIDEA. Exemplos:
cão = gênero Canis, família Canidae; cascavel = gênero Crotalus, subfamília Crotalinae; lombriga = gênero Ascaris, superfamília Ascaroidea. Entre vegetais, no entanto, os nomes das famílias costumam apresentar a terminação –ACEAE. Exemplos: palmeira e coqueiro = família Palmaceae; alho e cebola = família Liliaceae.

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