Biologia

Saco de Douglas – entenda de que se trata

No final de janeiro de 2023, a morte de uma jovem em São Paulo, por ruptura do saco de Douglas, ganhou grande repercussão. A morte da jovem foi decorrente de uma hemorragia, decorrente da ruptura do fundo do saco de Douglas, durante uma relação sexual.

O que é o saco de Douglas?

O saco de Douglas é um pequeno espaço (cerca de 5 mm de espessura)  situado no baixo abdômen, entre o útero e o reto (no caso das mulheres). O espaço situado atrás do útero,  o espaço entre a tuba uterina direita e o ovário direito e  o espaço entre a tuba uterina esquerda e o ovário esquerdo é o fundo do saco de Douglas.

Esquema mostrando o saco de Douglas . Imagem extraída do site Cola da Web (com modificação)

Nos homens, o saco de Douglas localiza-se entre o reto e a bexiga urinária.

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É comum a ruptura do saco de Douglas?

Não é normal a ruptura do saco de Douglas. Contudo, quando ocorre, como a região é intensamente vascularizada por um ramo da artéria ilíaca interna, a ruptura da parede desse espaço acaba provocando hemorragia que precisa de ser rapidamente interrompida. Como a região é de difícil acesso, esse estancamento da hemorragia, quase sempre, ocorre em um hospital, necessitando de anestesia.

O que causa a ruptura do saco de Douglas?

A ruptura do saco de Douglas é decorrente do uso de algum objeto pontiagudo, de uma relação sexual muito intensa ou, ainda, de uma escassez de lubrificação vaginal (como em mulheres menopausadas). Felizmente, trata-se de um evento bastante raro. Os (as) ginecologistas aconselham não manter relação sexual sem que a vagina esteja devidamente lubrificada e evitar a introdução de objetos pontiagudos na região vaginal como medidas preventivas à ruptura do saco de Douglas.

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Para que serve o saco de Douglas?

O saco de Douglas serve para separar a pelve do intestino.
A presença de líquido no fundo de saco de Douglas pode ocorrer em certos casos como, por exemplo, em uma gravidez ectópica (que ocorre nas tubas uterinas). Também pode haver acúmulo de líquido na região em decorrência de endometriose e doença inflamatória pélvica, sendo percebido através do ultrassom transvaginal. Assim, a presença de líquido nesta região acaba apresentando uma importância para diagnóstico de alguma infecção, por exemplo.

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