EnsinoNoticias

Greve de professores e funcionários: quase 300 campi de institutos federais estão sem aula

A greve que se espalhou por quase 300 campi de institutos federais em todo o Brasil desde o dia 3 de abril representa um dos mais significativos movimentos de paralisação do setor educacional recente. Os professores da UnB também aprovaram a greve a partir de 15 de abril.

Professores e funcionários técnico-administrativos destas instituições suspenderam suas atividades, clamando por mudanças substanciais que abordam desde a estrutura de carreiras até a recomposição salarial, sem previsão para o retorno às aulas.

O movimento, que também engloba o Colégio Pedro II, o Instituto Nacional de Educação de Surdos, o Instituto Benjamin Constant e a Cefet-RJ, além de escolas e colégios federais vinculados ao Ministério da Defesa, coloca em pauta reivindicações de peso.

Publicidade

Os servidores exigem a reestruturação das carreiras, a recomposição salarial, a revogação de normativas implementadas durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que afetaram diretamente a educação, e um reforço orçamentário significativo para as instituições de ensino, além do reajuste imediato dos auxílios estudantis.

Em resposta, o Ministério da Gestão destacou avanços realizados em 2023, incluindo um reajuste salarial linear de 9% para os servidores e um aumento de 43,6% no auxílio-alimentação. Para 2024, propõe elevar o auxílio-alimentação para R$ 1.000, aumentar em 51% os recursos para assistência à saúde e subir o auxílio-creche para R$ 489,90. Tais medidas, segundo a pasta, estão em fase de negociação com as entidades educacionais.

Publicidade

Contudo, o Sisasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) argumenta que, apesar do início das conversas com o governo federal em junho de 2023, as respostas às demandas da categoria permanecem insatisfatórias. A decisão pela greve, tomada em assembleia no dia 27 de março, reflete a insatisfação com o progresso das negociações e a busca por melhores condições de trabalho e ensino.

A paralisação dos campi de institutos federais não só impacta milhares de estudantes que ficaram sem aulas, mas também sinaliza para uma questão mais ampla de valorização dos profissionais da educação e de investimento na qualidade do ensino público. À medida que a greve se estende, a expectativa é que governo e grevistas encontrem um terreno comum para negociações que atendam às reivindicações dos trabalhadores e garantam o retorno às atividades acadêmicas.

NOTA DE CORTE SISU

Clique e se cadastre para receber as notas de corte do SISU de edições anteriores.

QUERO RECEBER AS NOTAS DE CORTE DO SISU

  • Reestruturação de carreiras: Uma das principais demandas
  • Recomposição salarial: Busca por ajuste compatível com as necessidades da categoria
  • Revogação de normas: Dos governos Temer e Bolsonaro que afetam a educação
  • Reforço orçamentário: Necessário para a manutenção da qualidade do ensino
  • Reajuste de auxílios estudantis: Medida urgente para apoio aos estudantes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *