História

Primavera Árabe: contexto e resumo

A Primavera Árabe, um termo que se tornou conhecido em todo o mundo, referindo-se a uma série de protestos e revoluções que ocorreram no Oriente Médio e no Norte da África a partir de 2010.

Este movimento surgiu como uma resposta à opressão política, à corrupção e às condições econômicas difíceis enfrentadas por muitos cidadãos desses países.

O Despertar da Primavera Árabe

O estopim para a Primavera Árabe foi um ato de desespero na Tunísia. Em dezembro de 2010, Mohamed Bouazizi, um vendedor ambulante, ateou fogo em si mesmo em protesto contra a corrupção governamental e a falta de oportunidades econômicas. Este ato trágico desencadeou uma onda de protestos na Tunísia que culminou na queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali.

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Inspirados pelos eventos na Tunísia, movimentos semelhantes começaram a surgir em outros países do Oriente Médio e do Norte da África. No Egito, milhares de pessoas saíram às ruas para exigir a renúncia do presidente Hosni Mubarak. Após 18 dias de intensos protestos, Mubarak renunciou ao cargo.

A Onda da Primavera Árabe

A Primavera Árabe continuou a se espalhar por toda a região. Na Líbia, os protestos levaram a uma guerra civil que resultou na queda e morte do líder Muammar Gaddafi. No Iêmen, os protestos forçaram o presidente Ali Abdullah Saleh a renunciar.

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No entanto, nem todos os protestos da Primavera Árabe resultaram em mudanças significativas de regime. Na Síria, os protestos contra o presidente Bashar al-Assad desencadearam uma guerra civil brutal que continua até hoje.

O Impacto da Primavera Árabe

A Primavera Árabe deixou um legado complexo. Em alguns países, os protestos levaram à queda de regimes autoritários e à implementação de reformas democráticas. No entanto, em muitos outros lugares, os levantes foram reprimidos ou degeneraram em conflitos violentos.

Apesar dos desafios e contratempos, a Primavera Árabe demonstrou o poder do povo quando se levanta contra a opressão. Mostrou que mesmo nos lugares mais difíceis, as sementes da democracia podem ser plantadas.

A Primavera Árabe é um tema importante para o Enem e outros vestibulares por sua relevância histórica e impacto global. Ela é frequentemente abordada em questões que exploram temas como direitos humanos, democracia, conflitos internacionais e o papel das redes sociais na mobilização social.

Por exemplo, uma questão do Enem abordou o papel da internet na Primavera Árabe:

(Enem 2011) No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais – como o Facebook e o Twitter – ajudaram a  mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.

SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. Istoé Internacional. 2 mar. 2011 (adaptado).

Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes

a) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
b) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
c) manter o distanciamento necessário à sua segurança.
d) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.
e) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.

Resolução:

A resposta correta para essa questão é “difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população”. Isso porque o texto sugere que os jovens árabes usaram a internet para disseminar ideias revolucionárias e mobilizar as pessoas para os protestos da Primavera Árabe.

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