História

Zoroastrismo: a religião dos Persas

O Zoroastrismo é uma das religiões monoteístas mais antigas do mundo, fundada por Zoroastro (ou Zarathustra), um profeta que se acredita ter vivido entre 1500 e 1000 a.C., embora as datas exatas de sua vida ainda sejam objeto de debate entre os estudiosos.

Originária da antiga Pérsia (atual Irã), esta fé teve um papel central na história e cultura persas, especialmente durante os impérios Aquemênida, Parta e Sassânida.

Crenças Fundamentais do Zoroastrismo

O Zoroastrismo centra-se na adoração de Ahura Mazda, o Deus supremo, que simboliza tudo que é bom, verdadeiro e luminoso. Esta religião apresenta um cosmos claramente dividido entre o bem e o mal, onde Ahura Mazda está em constante conflito com Angra Mainyu, a entidade do mal, das trevas e da mentira.

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Esse dualismo cósmico não apenas define a cosmovisão zoroastriana, mas também estabelece um quadro moral no qual os humanos devem ativamente escolher o bem para promover asha (ordem e verdade) em oposição a druj (engano e caos). Essa escolha é central para a prática zoroastriana, que vê a vida humana como um campo de batalha moral onde cada ação contribui para o resultado final do universo.

Práticas e Rituais

No Zoroastrismo, o fogo e outros elementos naturais como água e terra são considerados criações puras de Ahura Mazda e são usados em rituais religiosos para simbolizar a presença do divino. Os templos zoroastrianos, conhecidos como Atashkadeh, abrigam um fogo sagrado que deve ser mantido aceso continuamente por sacerdotes qualificados.

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Este fogo nunca é extinto, e os rituais diários envolvem a recitação de orações e a oferta de hóstias enquanto se mantém o fogo vivo, atuando como um lembrete constante da luz de Ahura Mazda combatendo as forças das trevas. Os zoroastrianos também praticam rituais de purificação, e têm normas estritas para a conservação de rios e solos, refletindo uma profunda reverência pela natureza como manifestação da divindade.

Textos Sagrados

O Avesta é o principal texto sagrado do Zoroastrismo, que inclui várias seções diferentes. Os Gathas são hinos que se acredita terem sido compostos pelo próprio Zoroastro, oferecendo insights diretos em suas revelações divinas. Estes hinos são parte do Yasna, que contém as liturgias principais usadas nas cerimônias de adoração.

Outras partes importantes do Avesta incluem o Vendidad, que fala sobre as leis religiosas e práticas de purificação, e o Visperad, que contém liturgias suplementares que enfatizam a adoração dos elementos naturais. Esses textos não são apenas religiosos, mas também codificam aspectos do direito, da ética e da filosofia zoroastriana, formando a espinha dorsal da identidade cultural e espiritual persa antiga.

Impacto e Legado

O impacto do Zoroastrismo estende-se além de suas práticas religiosas para influenciar outras grandes tradições religiosas através do conceito de dualismo moral, a crença em um julgamento final e a ideia de um paraíso e inferno após a morte. Esses temas encontram ecos particularmente no Judaísmo, Cristianismo e Islã.

Atualmente, o Zoroastrismo é praticado principalmente pela comunidade Parsi na Índia e por pequenas comunidades no Irã, mantendo viva uma tradição religiosa que data de milhares de anos. O legado do Zoroastrismo também é preservado em festivais e tradições culturais que continuam a celebrar os ensinamentos de Zoroastro sobre a importância da pureza ética e da responsabilidade moral.

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