O Conto da Aia, de Margaret Atwood
O romance distópico O conto da aia, de Margaret Atwood, se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa – basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América.
Uma das obras mais importantes da premiada escritora canadense, conhecida por seu ativismo político, ambiental e em prol das causas femininas, O conto da aia foi escrito em 1985 e inspirou a série homônima (The Handmaid’s Tale, no original), produzida pelo canal de streaming Hulu em 2017.
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As mulheres de Gilead não têm direitos. Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado. A Offred coube a categoria de aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar, depois que uma catástrofe nuclear tornou estéril um grande número de pessoas. E sem dúvida, ainda que vigiada dia e noite e ceifada em seus direitos mais básicos, o destino de uma aia ainda é melhor que o das não-mulheres, como são chamadas aquelas que não podem ter filhos, as homossexuais, viúvas e feministas, condenadas a trabalhos forçados nas colônias, lugares onde o nível de radiação é mortífero.

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Sobre o Autor
Margaret Atwood, uma das escritoras mais admiradas mundialmente, nasceu na cidade canadense de Ottawa, em 1939. Graduou-se em Artes na Universidade de Toronto e foi professora de Literatura Inglesa em várias universidades canadenses. Após viver períodos nos EUA, na França, na Inglaterra, na Itália e na Alemanha, hoje mora em Toronto. Recebeu diversos prêmios, como o Man Booker Prize de 2000 por O Assassino cego, Chevalier de l’Ordre dês Arts e dês Lettres e o Príncipe de Astúrias de 2008 pelo conjunto de sua obra, entre outros. Seus livros foram traduzidos para mais de trinta idiomas. É autora de mais de 35 obras de poesia, prosa e não ficção, entre elas O conto da aia, Dançarinas, Lesão corporal, Madame Oráculo, Olho de gato, A vida antes do homem, Vulgo Grace, O assassino cego, Oryx & Crake, Negociando com os mortos, A tenda e Buscas curiosas, todos publicados no Brasil pela Rocco.