Tema de Redação: Espcex (Aman) 2025
(Espcex (Aman) 2025) Leia os textos abaixo.
TEXTO I
Relatório da Unesco mapeia desafios do uso da tecnologia na educação
[…] Os dados e análises compilados no relatório podem ser um bom ponto de partida para pautas sobre a tecnologia na educação, em especial na escola, num cenário em que o MEC (Ministério da Educação) promete anunciar um programa de conectividade para as cerca de 138 mil escolas públicas.
Um dos objetivos do programa é superar um dos principais desafios relacionados à tecnologia na escola: a desigualdade de acesso à internet. No Brasil ela são evidenciadas em vários tipos de recorte. Por exemplo, 62,3% das escolas públicas urbanas têm conexão de banda larga, enquanto nas escolas rurais, o índice é de 37,7%. Os dados são do Censo Escolar 2022 e processados pelo Nic.br. Ou seja, uma grande parcela das escolas ainda não têm acesso à internet. […]
Disponível em: <https://andi.org.br/2023/07/relatorio-da-unesco-mapeia-desafios-do-uso-da-tecnologia-na-educacao/>. Acesso em: 24 mar 24. (Adaptado).
TEXTO II
Educação: inteligência artificial pode otimizar rotina pedagógica de instituições de ensino
Quais os benefícios para as escolas e instituições de ensino?
A utilização da Inteligência Artificial na educação pode trazer benefícios significativos, incluindo a otimização do tempo. A IA tem o potencial de automatizar tarefas rotineiras e repetitivas, liberando tempo para que os educadores se concentrem em atividades que requerem habilidades humanas, como orientação individualizada, feedback personalizado e interações sociais. Um benefício não muito falado do uso da IA é o fato de o aluno ficar por dentro das tecnologias que surgem. À medida que usamos essas ferramentas nas escolas, também conseguimos trabalhar com eles os comportamentos digitais.
Quais os cuidados com o uso da Inteligência Artificial na escola?
O uso da inteligência artificial na escola também requer cuidados para sua eficácia na educação. Um deles é garantir que haja pensamento crítico, para que o aluno consiga mediar o conteúdo, e construir em cima do que está sendo proposto. Outro ponto é o seu uso para burlar o sistema, por exemplo, usar o ChatGPT para uma redação. Mas, já é consenso entre educadores sobre a necessidade de ensinar aos estudantes ética e senso crítico, pois o uso inadequado da ferramenta pode levar a situações como plágio, cola e situações similares, para que os estudantes consigam fazer um bom uso das ferramentas tecnológicas. […]
Disponível em: <https://exame.com/bussola/educacao-inteligencia-artificial-pode-otimizar-rotina-pedagogica-de-instituicoes-de-ensino/>. Acesso em: 24 mar 24. (Adaptado).
TEXTO III
Discutindo sobre o dilema entre livro digital ou físico
Quais são as vantagens dos livros digitais?
1. Maior inclusão de sujeitos na leitura
Para começar, os livros digitais promovem acessibilidade em bibliotecas universitárias. E isso não é uma questão de preço. A verdade é que os livros digitais podem ser manuseados por muito mais pessoas, desde as que têm limitações motoras até as que lidam com problemas de baixa visão, por exemplo. Alguns casos, os programas conseguem ler os livros em voz alta, o que os torna mais inclusivos.
2. São mais leves e fáceis de transportar
E-books podem ser lidos através de basicamente qualquer aparelho: celulares, tablets, computadores ou e-readers pensados apenas para eles. Por isso, são muito mais fáceis de transportar de um lado para o outro – afinal, cabem literalmente no nosso bolso.
Quais são as vantagens dos livros físicos?
1. Boa concentração
Os livros digitais podem ser lidos em dispositivos móveis que usamos no dia a dia, como celulares e tablets. E, nessas plataformas, é comum que sejamos interrompidos por notificações e sons indesejados a todo momento.
Já com os livros físicos, essa interrupção tende a ser menor. É mais fácil para o leitor se afastar de objetos que geram distrações recorrentes e também de resistir ao impulso de checar um aplicativo de redes sociais no meio da leitura.
2. Podem ser menos cansativos
Nossos olhos estão constantemente expostos à luz de telas dos diferentes aparelhos. Seja o telefone celular, seja o notebook ou o tablet, o tipo de luz emitida tende a cansar a nossa vista rapidamente.
Por isso, os livros físicos também são as melhores opções para quem deseja ler por mais tempo. Além de forçar menos a nossa vista, alguns deles são pensados de maneira a melhorar a experiência de leitura – usando páginas amareladas, por exemplo. […]
Disponível em: <https://blog.saraivaeducacao.com.br/livro-digital-ou-fisico/>. Acesso em: 24 mar 24. (Adaptado).
A partir da reflexão acerca das informações presentes nos textos de apoio I, II e III, produza um texto dissertativo-argumentativo, em terceira pessoa, sobre o seguinte tema:
O livro físico para estudo na era da informação instantânea e das telas digitais.
Sugestão de abordagem para o tema
A proposta exige a elaboração de um texto dissertativo-argumentativo que explore o papel do livro físico como ferramenta de estudo em meio à era digital, marcada pela velocidade da informação e pelo uso intensivo de telas. Ainda que o tema não exija a exclusão do livro digital, ele solicita uma reflexão crítica sobre a permanência e a relevância do formato impresso no processo educacional atual.
A comparação entre livro físico e digital é implícita, mas central. A expectativa é que o candidato identifique os impactos pedagógicos, sociais e tecnológicos que envolvem essa transição de formatos, considerando as diferentes realidades educacionais no Brasil.
O Texto I, ao tratar da desigualdade de acesso à internet nas escolas públicas, traz um dado importante para a discussão: muitos estudantes ainda não possuem conectividade adequada. Isso fortalece o argumento de que o livro físico permanece necessário como meio acessível e democrático, especialmente em contextos de vulnerabilidade socioeconômica.
O Texto II foca no avanço da inteligência artificial no ambiente escolar. Embora destaque benefícios como a automação de tarefas e o apoio ao professor, também alerta para os riscos do uso inadequado dessas tecnologias. Esse conteúdo pode ser mobilizado para discutir como o excesso de recursos digitais pode comprometer a formação crítica dos estudantes e reforçar a importância de métodos tradicionais, como a leitura em papel, que favorece a atenção e a autonomia intelectual.
O Texto III oferece uma comparação direta entre livros digitais e físicos. Ressalta as vantagens dos e-books, como portabilidade e acessibilidade, mas também enfatiza os pontos fortes dos livros físicos, como a maior capacidade de concentração e o menor cansaço visual. Essas informações são particularmente úteis para sustentar os argumentos a favor do livro físico como instrumento de estudo mais eficaz em certas condições.
Sugestões para o desenvolvimento do texto
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Introdução: Contextualize o avanço da tecnologia e a crescente digitalização da educação, introduzindo o debate sobre a permanência do livro físico.
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Desenvolvimento 1: Aborde a questão da desigualdade digital, mostrando como o livro físico ainda é essencial em regiões onde o acesso à internet é limitado.
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Desenvolvimento 2: Discuta os aspectos cognitivos e pedagógicos da leitura em papel, utilizando os dados do Texto III sobre concentração e fadiga visual.
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Desenvolvimento 3 (opcional): Reflita sobre o uso ético e consciente da tecnologia, articulando os riscos do digital (como distrações e dependência) com os benefícios do impresso.
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Conclusão: Reforce a ideia de coexistência entre formatos, defendendo que o livro físico mantém sua importância, sobretudo no contexto educacional e no desenvolvimento da autonomia crítica do aluno.
Ideia de Redação sobre o tema
No cenário educacional contemporâneo, dominado por tecnologias digitais e pelo acesso veloz à informação, ressurge um debate fundamental: qual é o papel do livro físico como ferramenta de estudo? Com a crescente popularização dos dispositivos móveis e plataformas digitais, muitos acreditam que o material impresso esteja em processo de obsolescência. No entanto, ao considerar fatores como desigualdade de acesso, concentração e fadiga visual, torna-se evidente que o livro físico ainda desempenha uma função indispensável na formação acadêmica de milhões de estudantes brasileiros.
Uma das razões mais contundentes para a valorização do livro físico está na desigualdade digital enfrentada por escolas públicas no Brasil. Dados do Censo Escolar 2022 mostram que apenas 37,7% das escolas rurais possuem acesso à banda larga, o que compromete o uso de materiais online. Diante desse contexto, o livro impresso surge como uma alternativa viável e acessível para alunos que não contam com estrutura tecnológica básica. Ele garante que o processo de ensino-aprendizagem não fique restrito às condições materiais de cada instituição, promovendo equidade no acesso ao conhecimento.
Além da questão estrutural, aspectos cognitivos também favorecem o uso do livro físico para estudo. A leitura em papel proporciona menos distrações quando comparada à leitura em dispositivos eletrônicos, constantemente expostos a notificações, redes sociais e múltiplas abas abertas. Estudos e especialistas indicam que a experiência sensorial com o papel contribui para a concentração, memorização e compreensão do conteúdo. Assim, o livro físico se mantém como uma ferramenta pedagógica mais eficiente em contextos que exigem foco e retenção de informações.
Outro fator relevante diz respeito à saúde ocular e ao cansaço provocado pelo uso prolongado de telas. Tablets, celulares e computadores emitem luzes que podem afetar a visão e comprometer o rendimento do estudante ao longo do tempo. Os livros impressos, por outro lado, não apresentam essa limitação e muitas vezes são projetados com papel amarelado para tornar a leitura mais confortável. Isso reforça seu valor em rotinas de estudo prolongadas, especialmente durante períodos de preparação para exames como vestibulares e concursos militares.
É inegável que os recursos digitais também trazem contribuições relevantes para a educação, como o uso da inteligência artificial para personalizar o ensino. Contudo, seu uso indiscriminado pode gerar dependência e enfraquecer a autonomia intelectual dos estudantes. O equilíbrio entre tecnologias emergentes e métodos tradicionais, como a leitura em papel, é essencial para uma formação crítica e completa.
Portanto, mesmo em meio à era digital, o livro físico permanece insubstituível em muitos aspectos do estudo. Sua importância vai além da tradição: ele assegura acesso ao conteúdo em contextos de exclusão digital, contribui para uma leitura mais focada e reduz os impactos nocivos à saúde visual. Em vez de ser descartado, deve ser integrado de forma complementar às novas tecnologias, garantindo uma educação inclusiva, saudável e eficaz.
NOTA DE CORTE SISU
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