Sociologia

Émile Durkheim: quem foi, características e resumo

Émile Durkheim, um dos fundadores da sociologia moderna, nasceu em 15 de abril de 1858, em Épinal, na região da Lorena, na França. Ele é conhecido por suas contribuições teóricas e metodológicas para a sociologia e por sua visão de que os fenômenos sociais devem ser considerados como coisas, ou seja, como realidades que têm existência própria e que podem ser estudadas cientificamente.

Durkheim nasceu em uma família judia e inicialmente planejava seguir a carreira religiosa, como seu pai. No entanto, ele logo se voltou para o estudo da filosofia e das ciências sociais. Durkheim estudou na École Normale Supérieure em Paris, onde se formou em 1882. Depois de se formar, ele lecionou filosofia por alguns anos antes de se voltar para a sociologia.

Em 1887, Durkheim foi nomeado professor de pedagogia social na Universidade de Bordeaux, onde começou a desenvolver sua abordagem distintiva para a sociologia. Ele argumentava que a sociologia deveria ser uma ciência empírica, baseada na observação direta dos fenômenos sociais.

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Contribuições para a Sociologia

Durkheim é talvez mais conhecido por seu conceito de “fato social”, que ele definiu como as maneiras de agir, pensar e sentir externas ao indivíduo e dotadas de um poder coercitivo em virtude do qual se impõem a ele. Para Durkheim, os fatos sociais têm uma existência independente dos indivíduos que compõem a sociedade.

Durkheim também fez contribuições significativas para a sociologia da religião, do crime e do suicídio. Em sua obra “O Suicídio”, por exemplo, ele argumentou que as taxas de suicídio variam entre diferentes grupos sociais e que essas variações podem ser explicadas por diferenças nas características sociais desses grupos.

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O Legado de Durkheim

O legado de Durkheim para a sociologia é imenso. Seu trabalho continua a influenciar os sociólogos contemporâneos e suas ideias são frequentemente ensinadas nos cursos de sociologia. Além disso, seus métodos de pesquisa empírica e sua abordagem teórica para o estudo dos fenômenos sociais estabeleceram um modelo para futuras gerações de sociólogos.

O trabalho de Durkheim também é frequentemente abordado em exames como o Enem e outros vestibulares. Por exemplo, uma questão típica pode pedir aos alunos que discutam as ideias de Durkheim sobre o suicídio ou a religião.

Veja a questão abaixo:

(UECE/2020) Émile Durkheim (1858-1917) contribuiu para o estabelecimento das bases cientifico-racionais da Sociologia. De modo geral, toda ciência se caracteriza pela existência de métodos e objetos de estudo próprios que delimitam a sua abrangência de análise da realidade a que se dedica em investigar.

Em sua obra As Regras do Método Sociológico (1895), Durkheim define o objeto próprio de estudo da Sociologia, qual seja,

a) a Ação Social, que é um tipo de ação orientada subjetivamente pelas ações de outros indivíduos formando, assim, um sentido dirigido socialmente.

b) o Fato Social, que é uma síntese da pluralidade de consciências e tem por efeito fixar e instituir, fora do indivíduo, certas maneiras de agir e de ser coletivas.

c) a Luta de Classes, que é constante nas sociedades onde existe a apropriação privada dos excedentes de produção de uma classe social sobre a outra.

d) o Tipo Ideal, que é um recurso teórico metodológico para organizar a realidade social de forma lógica e determinar o que é geral nos fenômenos sociais.

Resolução:

A resposta correta para essa questão é a opção B – o Fato Social. Émile Durkheim, um dos fundadores da sociologia, enfatizou a importância de estudar fatos sociais como coisas que são exteriores e coercitivas ao indivíduo. Ele argumentou que a sociologia deveria estudar fenômenos sociais, ou fatos sociais, que são características distintas das sociedades e operam de maneira independente do indivíduo.

No seu livro “As Regras do Método Sociológico”, Durkheim delineia o conceito de fato social, o qual ele define como as maneiras coletivas de agir, pensar e sentir que são exteriores ao indivíduo e dotadas de um poder de coerção, pelo qual se impõem a ele. Essas maneiras coletivas são vistas como distintas e independentes das ações e vontades individuais, e são consideradas como o objeto principal de estudo da sociologia.

A opção A refere-se à definição de Ação Social de Max Weber, outro sociólogo clássico, que enfatizava a importância do entendimento subjetivo que os indivíduos têm de suas ações. A opção C, a Luta de Classes, é uma ideia associada a Karl Marx, que via as relações de classe e os conflitos de classe como centrais para a compreensão das dinâmicas sociais. A opção D, o Tipo Ideal, também é uma noção desenvolvida por Max Weber, utilizado como um modelo heurístico para a análise sociológica.

Dessa forma, ao se basear na obra de Durkheim, identifica-se que o Fato Social é o objeto de estudo central da sociologia conforme definido por ele, e portanto, a opção B é a resposta correta para essa questão.

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