História

Escrita cuneiforme: o que é, quando surgiu e características

A escrita cuneiforme, uma das primeiras formas de escrita desenvolvida pela humanidade, surgiu na antiga Mesopotâmia por volta de 3400 a.C. Este sistema de escrita foi inicialmente criado pelos sumérios, uma civilização pioneira que floresceu na região que hoje corresponde ao sul do Iraque.

O termo “cuneiforme” deriva do latim “cuneus”, que significa “cunha”, referindo-se à forma das impressões deixadas pelas ferramentas de escrita, que eram tipicamente estiletes feitos de junco ou metal que pressionavam contra tábuas de argila úmida para criar símbolos.

Origem da Escrita Cuneiforme

O cuneiforme começou como um sistema pictográfico, onde imagens simples representavam objetos ou conceitos, evoluindo gradualmente para um sistema mais complexo e abstrato. Inicialmente utilizado para registrar transações comerciais, como a venda de grãos ou gado, o cuneiforme se tornou mais sofisticado e diversificado à medida que as necessidades administrativas e culturais das sociedades sumérias se expandiam.

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Por exemplo, os símbolos primitivos gradualmente se transformaram em uma série de marcas em forma de cunha que podiam representar sons, ideias ou objetos específicos, permitindo a comunicação de conceitos mais abstratos e a composição de textos literários e leis.

Utilização e Evolução

Com o tempo, a escrita cuneiforme foi adotada e adaptada por várias civilizações antigas da região, incluindo os acádios, babilônios, assírios e hititas. Cada grupo linguístico adaptou o cuneiforme para se adequar à sua própria língua, demonstrando a flexibilidade e adaptabilidade deste sistema de escrita.

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Além de seu uso inicial em economia e administração, o cuneiforme foi utilizado para registrar leis, como o famoso Código de Hamurabi, textos religiosos, literatura épica, como a “Epopeia de Gilgamesh“, e vastos arquivos de correspondência diplomática e registros astronômicos. Esta diversidade de usos reflete a importância central da escrita cuneiforme na comunicação e preservação do conhecimento nas sociedades antigas.

A imagem mostra um grande tablete de argila em primeiro plano, com inscrições cuneiformes (Imagem gerada por IA)
A imagem mostra um grande tablete de argila em primeiro plano, com inscrições cuneiformes (Imagem gerada por IA)

Declínio e Redescoberta

A escrita cuneiforme começou a declinar em uso após o primeiro milênio a.C., à medida que o alfabeto aramaico, mais simples e menos oneroso de se aprender e usar, tornou-se mais popular em todo o Oriente Médio.

A última inscrição conhecida em cuneiforme data de cerca de 75 d.C. Com o tempo, o conhecimento de como ler cuneiforme foi perdido até o século XIX, quando arqueólogos e linguistas começaram a decifrar os símbolos após a descoberta de várias tábuas de argila em sítios arqueológicos antigos. Este trabalho de decifração revelou uma riqueza de informações sobre as civilizações da Mesopotâmia que haviam sido perdidas durante milênios.

Hoje, o estudo da escrita cuneiforme oferece insights valiosos sobre as civilizações antigas do Oriente Médio, permitindo uma melhor compreensão de suas sociedades, economias, religiões e histórias. O legado do cuneiforme, como uma das primeiras formas de escrita, destaca a inovação e a complexidade das culturas que o desenvolveram e usaram, enfatizando o papel crucial da escrita na formação de sociedades complexas e na transmissão de cultura e conhecimento através das gerações.

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